A Netflix adiou o lançamento de sua nova política de restrição ao compartilhamento de senhas após ter observado uma "reação de cancelamento" em países onde a medida foi implementada.
O atraso impactou as projeções da companhia para o próximo trimestre, o que decepcionou o mercado.
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A empresa anunciou nesta terça-feira (18) que espera receita de US$ 8,24 bilhões para o período entre abril e junho, crescimento de 3%.
Analistas consultados pela agência Reuters, porém, projetavam US$ 8,48 bilhões.
No primeiro trimestre deste ano, a companhia teve crescimento de 3,7% na receita, com US$ 8,16 bilhões, e conseguiu 1,75 milhão de novos assinantes, levemente abaixo das expectativas do mercado.
As ações da empresa nos EUA chegaram a cair 10% em negociações pós-pregão, depois da divulgação, mas recuperaram as perdas e fecharam com alta de 1,4%.
Inicialmente, a restrição ao compartilhamento de senhas seria implementada em larga escala pela companhia no fim de março, mas foi adiada para o próximo trimestre.
"Acreditamos que isso resultará em um melhor resultado tanto para nossos membros quanto para nossos negócios", diz a Netflix.
A medida já está em vigor em países como Canadá (onde houve aumento no número de assinaturas), Nova Zelândia, Espanha e Portugal, e a empresa diz estar "satisfeita com o resultado".
A Netflix afirma, porém, que observa uma "reação de cancelamento" de assinaturas em mercados onde a restrição é lançada, o que impacta o crescimento de assinantes no curto prazo.
Apesar disso, o gigante do streaming projeta crescimento no número de usuários, à medida que pessoas que utilizam logins emprestados façam suas próprias assinaturas. Diz, ainda, que está confiante de que irá bater suas metas financeiras para este ano.
Com as novas regras, a conta do usuário só poderá ser usada em uma única residência, que será configurada como "localização principal" para permitir que pessoas que morem juntas tenham acesso.
Uma nova seção, batizada de "gerir acessos e dispositivos", vai possibilitar que se gerencie quem terá acesso à conta.
Ainda não há previsão para lançamento da medida no Brasil.