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Desde o início da pandemia

Spotify diz ter removido 20 mil episódios de podcasts com fake news sobre Covid

Ivan Finotti e Gabriel Telles - Folhapress
28 jan 2022 às 09:38
- Reprodução Spotify
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Em meio à polêmica envolvendo o músico Neil Young, que teve sua obra retirada do Spotify após acusar o aplicativo de patrocinar conteúdo antivacina, a plataforma de streaming de áudio divulgou em nota enviada em resposta a questionamentos da reportagem que já removeu "mais de 20 mil episódios de podcast relacionados à Covid-19 desde o início da pandemia".


"Queremos que todo o conteúdo de música e áudio do mundo esteja disponível para os usuários do Spotify. Com isso, vem uma grande responsabilidade em equilibrar a segurança para os ouvintes e a liberdade para os criadores", disse o comunicado. "Lamentamos a decisão de Neil de remover sua música do Spotify, mas esperamos recebê-lo de volta em breve."

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O conflito entre a maior plataforma de áudio do mundo e Young começou nesta terça-feira, quando o músico postou uma carta em seu site endereçada a sua gravadora, o Warner Music Group, exigindo que o Spotify não tocasse mais suas músicas caso mantivesse no ar o podcast de Joe Rogan, acusado de propagar desinformação sobre a pandemia de Covid-19.

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A carta foi posteriormente apagada, mas em nova declaração Young rotulou o Spotify de "lar da desinformação sobre Covid que põe vidas em risco", que ainda por cima tinha "mentiras sendo vendidas por dinheiro".

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"Quero que vocês avisem ao Spotify imediatamente hoje que quero todas as minhas músicas fora da plataforma deles. Eles podem ter Rogan ou Young. Não os dois", escreveu Young na carta.


As críticas que motivaram a manifestação de Young vieram de um grupo de cientistas e profissionais em saúde que, no começo de janeiro, pediam para o Spotify tirar do ar o episódio do podcast de 31 de dezembro, uma entrevista com o médico Robert Malone.

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No programa -que permanece no Spotify, mas foi derrubado do canal de YouTube de Joe Rogan-, Malone traça paralelos entre a Alemanha nazista e os Estados Unidos atual, onde a sociedade estaria sendo "hipnotizada" para acreditar em vacinas e nas medidas sanitárias para combater a pandemia.


O imunologista americano -que foi banido recentemente do Twitter- participou de pesquisas no final dos anos 1980 que contribuíram para o desenvolvimento de vacinas de mRNA -de imunizantes da Moderna e da Pfizer-, mas se autointitula o pai dessa tecnologia. Ainda assim, já protagonizou vídeos viriais criticando a vacinação infantil, além de apontar que os imunizantes causam problemas no sistema reprodutivo.


No podcast de Rogan, ele afirma que apenas tenta dar as informações para as pessoas tirarem suas próprias conclusões.

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