Uma pesquisa realizada pela IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica), aponta que o Brasil está acima da média global no consumo de música, mostrando que o tempo consumido pelos brasileiros ouvindo música é, em média, de 24,9 horas semanais, contra as 20,7 do resto do mundo.
As informações estão no relatório "Engaging With Music 2023", que examina como as pessoas em todo o mundo acessam, se envolvem e se sentem em relação à música.
A pesquisa é feita com base nas respostas de mais de 43 mil pessoas em 26 países. Em média, os brasileiros usam 9 métodos diferentes para consumir música, dois a mais do que o resto do mundo.
"O fato das informações nacionais estarem em geral bastante próximas às médias globais demonstra que o setor de música gravada no Brasil está em linha com o que se pratica nos principais mercados musicais do mundo", afirmou Paulo Rosa, Presidente da Pró-Música Brasil.
Segundo o relatório, o país ficou na frente no consumo de música não licenciada, ou seja, através de meios considerados ilegais, já que 47% dos brasileiros recorrem à pirataria para ouvir música, contra 29% do resto do mundo.
O Brasil também sai na frente, comparado a média mundial, no que diz respeito à importância dada à criatividade humana para produzir música na era da inteligência artificial. Cerca de 85% concordam que a criatividade humana deve ser protegida frente ao avanço da IA, contra 79% do mundo.
Enquanto, em média, os ouvintes de outros países escutam 8 gêneros musicais, o brasileiro ouve mais de 10 gêneros. A música foi associada à saúde mental por 83% dos brasileiros, contra a média mundial de 71%.
Entre os ouvintes que assinam alguma plataforma de streaming para acessar músicas, as principais razões apontadas foram a possibilidade de ouvir a qualquer momento, a ausência de anúncios que interrompem as canções e a possibilidade de acessar milhões de músicas em uma só plataforma.