O pai do sertanejo Cristiano Araújo (1986 - 2015), o empresário João Reis, lamentou na noite desta terça-feira (15) em suas redes sociais a morte de Luizmar de Oliveira Damasceno, cantor que fez dupla com seu filho no ano de 2008.
Damasceno estava desaparecido desde a última sexta-feira (11), quando saiu de casa sem celular, e foi encontrado sem vida, aos 45 anos, em uma área de mata no Morro do Mendanha, em Goiânia, também nesta terça.
"Muita tristeza. Que Deus possa te receber e dar conforto para a sua família", escreveu João na legenda de uma foto, publicada em seus Stories, em que o sertanejo está com seu filho, que faleceu em um acidente de carro em junho de 2015.
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O local que o corpo de Damasceno foi encontrado fica a cerca de 6 km da casa do cantor e próximo ao local onde foi encontrada sua moto na segunda-feira (14). O corpo do cantor será levado ao IML (Instituto Médico Legal) para a realização de exames periciais para apontar a causa da morte. A Polícia Civil apura as circunstâncias da morte do artista.
Antes de desaparecer, o artista comprou metros de corda de um ferragista, no bairro Goiá, em Goiânia, segundo a polícia. Uma câmera de segurança registrou o momento em que o cantor compra a corda, coloca em uma caixa na moto e vai embora.
Em entrevista nesta terça-feira (15) ao Bom Dia Goiás (TV Anhanguera), afiliada da Globo, a mãe do cantor Maria Damasceno disse que ele passou o dia em casa ensaiando antes de sair e desaparecer. O irmão Lindomar de Oliveira falou que o artista estava depressivo e pode ter procurado um abrigo para não ser encontrado.
"Ele estava muito estressado, de cabeça quente por causa da pandemia, da separação. [Estava] Meio depressivo. Pode ter tido um surto. Deixou a moto ali e pode ter procurado um abrigo para ninguém o achar", disse.
Além de ter feito dupla com Cristiano Araújo, Damasceno já havia tocado com as duplas Henrique e Juliano, Matheus e Kauan, Maiara e Maraisa e com a cantora Wanessa Camargo.
Acidente de Cristiano Araújo
O cantor sertanejo Cristiano Araújo, 29, e a namorada Allana Coelho Pinto de Moraes, 19, morreram na madrugada de 24 de junho de 2015 em um acidente de carro na BR-153, entre Morrinhos e o trevo de Pontalina, em Goiás. O motorista saiu ileso.
O cantor voltava de um show em Itumbiara (a 200 km de Goiânia) com sua namorada, quando o veículo em que eles estavam, uma Land Rover, saiu da pista na altura do km 614 da rodovia e capotou no canteiro central. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o casal estava sentado no banco de trás do veículo.
Um parecer técnico apontou que o carro de Cristiano Araújo estava a 179 km/h exatamente 5 segundos antes do capotamento. O limite da via era de 110 km/h. Uma espécie de "caixa preta" do veículo foi levada para análise na fábrica da Land Rover na Inglaterra, que encontrou o dado.
O motorista do veículo, Ronaldo Miranda, foi condenado por homicídio culposo (sem a intenção de matar). A decisão resultou em uma pena de 2 anos, 7 meses e 15 dias de prisão, convertida em prestação de serviços comunitários. Além disso, ele deverá pagar 10 salários-mínimos a uma entidade social, que será escolhida pela Vara de Execução Penal, e indenização de R$ 25 mil às famílias das pessoas que morreram.
O relator foi o desembargador Itaney Francisco Campos, que teve o voto seguido por unanimidade pelos outros magistrados. Para o desembargador Campos, o motorista agiu de forma "imprudente, negligente e imperita" ao conduzir o veículo muito acima da velocidade permitida na via, a 179 km/h, quando o pneu estourou -o limite de velocidade era 110 km/h.
Em janeiro de 2018, Ronaldo foi condenado em primeira instância pela juíza Patrícia Machado Carrijo, da 2ª Vara de Morrinhos. O réu recorreu e, em sua defesa, alegou que a morte foi culpa exclusiva dos passageiros, que não estavam usando cinto de segurança.