Assim como muitos artistas, Ivete Sangalo, 48, também se viu obrigada a se adequar aos tempos de pandemia. Isso não aconteceu apenas com a distância dos palcos ou com os shows feitos na sala de casa. A tal adaptação teve que acontecer também em seu novo clipe, "Dura na Queda", o primeiro dirigido pela própria artista.
Ver essa foto no InstagramPublicidadePublicidade
Leia mais:
ApoioChico Buarque assina manifesto em defesa do padre Júlio, alvo de CPI
Homem atemporal em 2023Men of the Year: Dr. JONES elege Péricles como homem atemporal em categoria inédita
The Tour em São PauloJonas Brothers anunciam único show em São Paulo em abril de 2024
The Eras TourGuinness confirma que Taylor Swift fez a turnê mais lucrativa da história
"A direção veio muito mais de uma necessidade do que de uma condição, tipo 'eu quero dirigir um clipe'. A gente produziu isso durante a pandemia, eu ainda acho que a gente está na pandemia, eu sou uma pessoa que ainda pode evitar de sair. Então usamos o que tivemos a mão", afirmou a cantora em conversa com jornalistas por videoconferência.
O lançamento do clipe aconteceu na manhã desta sexta-feira (2), após uma captação com apenas quatro pessoas, sendo Ivete, como diretora e atriz; dois cinegrafistas; e um fotógrafo. Os demais profissionais, como figurinista e cenografista preparavam tudo sozinhos e deixavam prontos para as locações, que aconteceram sem eles.
Segundo a cantora, havia a intenção de gravar a música em parceria com os compositores, os irmãos Rodrigo e Diogo Melim, do grupo Melim. Mas a ideia também foi abortada para evitar aglomeração. Assim, a locação aconteceu no quintal de Ivete, com a bicicleta da namorada de seu fotógrafo e com a luz da Praia do Forte, em Salvador.
A cantora afirma que foi uma forma de inovar durante a pandemia. Ela já tinha feito lives, sendo duas grandes e outras sem tanta preparação, além de ter lançado os clipes de "Localizei", em que convidou diversos casais para mandarem imagens suas, e "Coisa Linda", que gravou com Whindersson Nunes, também à distância.
Segundo Ivete, a decisão agora foi por um clipe de equipe reduzida, o que a levou a assumir a direção, e uma mensagem de amor e leveza em um momento difícil. "É um cenário que representa esse lugar de solidão, mas também de conforto, de amor, carinho que a gente busca", afirma ela, que espera que as pessoas se identifiquem.
A cantora, no entanto, revelou que não foi apenas tranquilidade durante a produção. Segundo ela, o medo de cobras foi um problema, já que tem aparecido "cinco por semana" na região, além das muriçocas, que têm seu horário de aparecer: "Só não colocamos nos créditos porque não ajudaram muito, só atrapalharam", brinca.
PALCOS E CARNAVAL
Em casa há seis meses, o que ela afirma que nunca havia feito desde o início da carreira, Ivete diz que tem usufruído desse tempo perto da família: "Sempre fui uma mãe e uma mulher muito presente em minha casa, mas agora estou tendo uma rotina doméstica muito mais fluida. Essa é uma das coisas que estou usufruindo".
"Mas também aprendi alguns tipos de terapia como aprender a respirar, o que foi muito importante", continua ela, que também tem composto diversas canções, "de forma muito gostosa, leve". Apesar disso, Ivete reconhece que vai demorar para que o entretenimento seja restabelecido após pandemia, mas destaca que esse período tem sido importante para fazer com que os artistas vejam a função que têm na sociedade, de entreter e proporcionar leveza mesmo em momento tão difíceis.
Nesse sentido, a cantora afirma que não desistiu do Carnaval e os fãs podem esperar por uma composição sua para a festa do próximo ano, mesmo que o evento não aconteça, já que várias cidades já adiaram as festividades. "Cantar a música do Carnaval sem Carnaval é uma forma de mostrar que estamos aqui. O Carnaval não pode sentir que houve um desgarre, então vamos fazer música no Carnaval. Acho que enlouqueço [se não tiver música para a data], nem que seja para dançar no sala de casa."