Apoiador declarado de Trump, o cantor de indie rock Ariel Pink, de 42 anos, teve seu contrato com a gravadora cancelado após participar do protesto contrário ao resultado das eleições americanas que culminou na invasão do Capitólio, em Washington, na última quarta-feira (6).
O anúncio foi feito na rede social do selo independente Mexican Summer, que disse ter decidido "em função de acontecimentos recentes, encerrar o relacionamento com Ariel Rosenberg AKA [também conhecido como] Ariel Pink."
A participação de Pink na manifestação começou a ser ventilada após a cineasta Alex Lee Moyer publicar uma foto com o músico num quarto de hotel em Washington, no dia da invasão. Questionado nas redes sociais, o cantor confirmou ter ido ao protesto, mas negou a participação nas invasões ao Capitólio.
"Eu estava em [Washington] DC para mostrar, pacificamente, meu apoio ao presidente. Eu participei da manifestação no jardim da Casa Branca e voltei para o hotel para tirar uma soneca. Caso encerrado", disse a uma pessoa no Twitter.
Respondendo a outro comentário na rede social, ele disse não defender confrontos violentos ou tumultos e creditou isso a sua "educação boomer" –expressão usada para se referir, com ironia, a pessoas mais velhas e desatualizadas.
Considerado um ícone do indie rock e queridinho entre os alternativos, Pink nunca escondeu seu apoio a Trump. Em suas redes sociais, são comuns os posts em que critica o presidente eleito Joe Biden, pede votos para o republicano e questiona a lisura do processo eleitoral americano.
Com o cancelamento do contrato, não se sabe como ficarão os lançamentos que já estavam programados. Para este mês, estavam previstos os lançamentos de quatro álbuns a partir de fitas originais de Pink –"Odditties Sodomies Vol. 1", "Sit n' Spin", "Odditties Sodomies Vol. 3" e "Scared Famous/FF>>".