O início do Hipertrópico remete a 2017, quando Fernando Cacciolari se mudou para a Itália com sua família para fazer sua cidadania, e ali compôs estas primeiras canções lançadas no EP homônimo, como forma de matar a saudade de sua terra natal e contar um pouco de suas vivências além-atlântico.
Após a perda de seu irmão mais novo, Artur Caccciolari, artista circense, Fernando retorna ao Brasil em 2018 e mostra estas músicas a Vinícius Carneiro (Vulgar Gods, Reggae Viking), amigo de longa data e guitarrista, que se interessa pelas músicas, ajudando-o a seguir com elas. Assim, os dois começam a brincar com as melodias e decidem gravá-las.
As gravações ocorrem em 2019 de forma independente e com a ajuda de amigos, na casa de Marvin Portello, quem gravou, mixou e masterizou o EP. As sessões de gravação também ocorreram no espaço cultural Espaçonave, para a gravação do baixo, e no estúdio Caverna, com a gravação da bateria.
Leia mais:
Chico Buarque assina manifesto em defesa do padre Júlio, alvo de CPI
Men of the Year: Dr. JONES elege Péricles como homem atemporal em categoria inédita
Jonas Brothers anunciam único show em São Paulo em abril de 2024
Guinness confirma que Taylor Swift fez a turnê mais lucrativa da história
O baixo gravado é o de Mariana Franco Estigarribia (Vulgar Gods, Família Estranha e Caburé Canela) e a bateria é de Daniel Mancebo (Maracajá). Há também a participação de Sofia Pelegrini (Cascata Duo) tocando saxofone na faixa Tesouros, além do jovem pianista Alessandro Campagna que colaborou na faixa Mediterrânea, diretamente de Turim, Itália.
Mediterrânea também possui um clipe, gravado na costa Amalfitana, no sul da Itália, de onde Fernando tirou a inspiração para a música. Assista:
Atualmente, a formação da banda conta com Pedro Lot na bateria, Roberto Moreira no baixo e Rafael Felix nos sopros.
Há um trabalho em desenvolvimento para um álbum futuro, com músicas compostas tanto por Fernando Cacciolari, quanto por Vinícius e Rafael.
Sobre a sonoridade da banda, Silvio Ribeiro, coordenador da Escola Municipal de Teatro Funcart diz que ficou "impressionado com as canções que ouvi...O Hipertrópico propõe músicas climáticas com matizes de timbres de bastante bom gosto que se completa na bela voz do vocalista... Música de apaixonado que ganha pelos sentidos e imagens propostas. Apaixonado fiquei pelo o que ouvi.”
Cláudio, diretor da Escola Municipal de Teatro Funcart também opina sobre as músicas, trazendo as seguintes palavras: "Amei o amor transbordando nas letras, nos acordes e na bela interpretação, lindas, oxalá ainda tenham muitas histórias pra contar.”
Nevilton, músico renomado, também fala emite uma opinião sobre a banda, dizendo que ao ouvir diz que "Deu vontade de ir dançar em volta da fogueira e curtir a vida com gente assim!”.
Com isto, a banda espera traçar seu caminho no cenário musical brasileiro com inspirações em artistas nacionais e internacionais, com uma sonoridade brasileira relacionada tanto a MPB, anova MPB, quanto do rock e do folk.
A ideia de guitarras não lineares, de um baixo mais livre e de baterias mais latinas também permeiam a sonoridade da banda.
Hoje Fernando, com o apoio de seus amigos e família, tem como maior sonho continuar a estrada que seu irmão o ensinou, levando amor e alegria às pessoas através da arte. No fundo, o Hipertrópico é uma tentativa de extravasar sentimentos, buscando encontrar empatia e novas ideias, como em uma viagem a um local desconhecido.