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artes cênicas

"Lori Lamby é uma banana" estreia em Londrina com provocação e deboche

Redação Bonde com assessoria de imprensa
05 nov 2025 às 13:04

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Foto: Natália Castro/Divulgação
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A jovem atriz Nara Motta traz para os palcos de Londrina uma das obras mais polêmicas da literatura brasileira. O espetáculo solo "Lori Lamby é uma banana", baseado em "O Caderno Rosa de Lori Lamby" de Hilda Hilst, estreia no dia 7 de novembro, às 20h, na DAC – Divisão de Artes Cênicas da UEL  (Av. Celso Garcia Cid, 205), com entrada gratuita pela plataforma Sympla e classificação indicativa de 16 anos.


O projeto nasceu durante a pesquisa de conclusão do curso de Artes Cênicas da UEL e marca a estreia da atriz em um trabalho que mistura provocação e reflexão crítica. "Minha relação com Lori e Hilda começou em 2019 quando li o livro por indicação de uma professora da faculdade. A obra, muito provocante e debochada, também adentra em questões sobre feminismos, gênero e dissidências", revela Nara.

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Nascida em Presidente Prudente, Nara Motta, 26 anos, começou a fazer teatro aos 6 anos. Aos 16, entrou para o Programa Sociocultural e Artístico de Teatro do Centro Cultural Matarazzo. Aos 18, ingressou no curso de Artes Cênicas na Universidade Estadual de Londrina, participando de grupos de estudos, atuando em diversas cenas e produções artísticas.


Publicado em 1990, "O Caderno Rosa de Lori Lamby" foi a primeira obra pornográfica de Hilda Hilst, escrita após 40 anos de carreira como resposta irônica ao mercado editorial que não dava o devido retorno ao seu trabalho. Hoje, o livro é considerado por críticos a maior obra pornográfica da literatura brasileira.

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Proximidade provocadora


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Com direção de Camila Fontes, o espetáculo tem cerca de 50 minutos de duração e acontece em um cenário rosa repleto de tecidos que envolvem a plateia. "Um espaço que convida o público a estar dentro da 'casinha de bonecas' de Lori", explica Nara. A proximidade entre atriz e público é proposital e provoca desconforto e muita reflexão.


A dramaturgia foi construída a partir de jogos de improvisação com base no texto original, experimentação e elementos cênicos. "Como colocar em discussão, não somente o que Hilda Hilst escreveu há mais de 30 anos, mas também pôr em jogo outras discussões que hoje podemos pensar", questiona a atriz.

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Desafios da direção


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Para a diretora Camila Fontes, o maior desafio foi migrar do papel de assessoria artística para assumir a direção da montagem, com a possibilidade de dialogar com a pesquisa já consistente da atriz. "O texto de Hilda Hilst é bastante provocativo, tornando-se uma obra perigosa de ser encenada atualmente, num contexto em que as pessoas falam demais sem se interessar pela história e pelo contexto das coisas — estão, em outras palavras, tomadas pela preguiça intelectual e deixando de estudar", destaca Camila.


A diretora celebra o resultado final do trabalho. "Estou muito feliz com o encontro que a Nara proporcionou entre eu, ela, a Hilda e a Lori. A gente chega em um final estético visual que muito me interessa, e numa dramaturgia que respeita o texto original da Hilda, mas com o nosso olhar e atenção para os dias de hoje. “O caderno rosa de Lori Lamby” foi escrito na década de 1990, os tempos e o tempo das coisas mudaram, então precisamos adaptar", afirma.

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Ironia e pornografia inventada


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O espetáculo ironiza a figura da "boa-moça" familiar através da personagem de Lori Lamby, uma menina de oito anos que narra histórias eróticas. "Vejo a figura da 'boa-moça' familiar e construída dentro de um lar protegido sendo ironizada pela imagem da Lori Lamby. Ela pode até ser uma criança, mas junto de Hilda Hilst nos coloca diante de uma pornografia inventada", afirma Nara.


Programação e bate-papos


O espetáculo contará com 60 lugares por sessão, e entradas gratuitas disponíveis pela plataforma Sympla. Além da DAC (7 e 8 de novembro), o espetáculo passa Usina Cultural (14 e 15 de novembro), Norte Cultural (28 e 29 de novembro) e Vila Triolé (5 e 6 de dezembro) e pela Biblioteca Pública (9 de dezembro). 


Toda sexta-feira haverá banca de livros da Olga com desconto para professores e alunos, e nos dias 8 e 29 de novembro haverá bate-papos após a apresentação, mediados pela produtora cultural Carin Louro, sobre processo criativo e literatura pornográfica. "Espero muito que as pessoas possam se divertir com Lori Lamby e Hilda Hilst tanto quanto eu me divirto fazendo esse espetáculo", convida Nara. 


O projeto tem patrocínio do PROMIC - Programa de Incentivo à Cultura de Londrina por meio da Secretaria Municipal de Cultura de Londrina e apoio da Livraria Olga.


Serviço: 


“Lori Lamby é uma banana”


Dias 7 e 8 de novembro (dia 8 haverá bate-papo após o espetáculo) 

Local: DAC – Divisão de Artes Cênicas da UEL (Av. Celso Garcia Cid, 205)

Horário: 20h

Presença de intérprete de Libras


Dias 14 e 15 de novembro

Local: Usina Cultural (Av. Duque de Caxias, 4159)

Horário: 20h


Dias 28 e 29 de novembro (dia 29 haverá bate-papo após o espetáculo) 

Local: Norte Cultural (R. Lino Sachetin, 498)

Horário: 20h

Presença de intérprete de Libras


Dias 5 e 6 de dezembro

Local: Vila Triolé (R. Etienne Lenoir, 155)

Horário: 20h

Presença de intérprete de Libras e audiodescrição


Dia 9 de dezembro 

Local: Biblioteca Pública Municipal (Av. Rio de Janeiro, 413)

Horário: 16h

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