Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade

Livro desvenda as origens da ‘vigarice’ no Brasil

Redação Bonde
09 nov 2010 às 17:04

Compartilhar notícia

- Reprodução
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

"Cair no conto do vigário", sabemos todos, significa ser enganado, perder dinheiro em algum golpe. A expressão está tão inserida em nosso vocabulário que poucos estranham a associação entre imagem de um religioso e a enganação.

Pois José Augusto Dias Júnior notou a contradição e partiu dela para pesquisar e escrever "Os contos e os vigários – uma história da trapaça no Brasil", lançado pela editora LeYa Brasil. O historiador investiga não apenas a origem da expressão – que não é brasileira – mas suas aplicações e transformações ao longo do tempo.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Desta expressão surgiu o substantivo, vigarice, sinônimo de estelionato - mais recentemente conhecido também pela gíria "171", número do artigo do Código Penal que define o crime de estelionato. Dias Júnior identifica a característica marcadamente urbana desses delitos: nas cidades o golpista tanto encontra recém chegados ingênuos com mais facilidade quanto desaparece rapidamente na multidão.

Leia mais:

Imagem de destaque
Literatura infantil

Professoras da rede municipal de Londrina lançam livro sobre folclore japonês nesta sexta

Imagem de destaque
'A cidade na retina'

Editora da Folha de Londrina lança livro sobre o cotidiano da cidade nesta sexta

Imagem de destaque
Nova obra

Maringaense Oscar Nakasato defende idosos da falta de paciência dos jovens em 'Ojiichan'

Imagem de destaque
Produção literária brasileira

Prêmio Jabuti indica Itamar Vieira Junior e Socorro Acioli; veja os semifinalistas


Tomando como cenário metrópoles brasileiras, que cresciam de maneira incessante ao longo do século XX, o livro trata dos mecanismos culturais que sustentam e organizam o funcionamento da "vigarice", cujos engenhosos encenadores dominam a técnica teatral de criar mentiras com aparência de verdades, episódios em que "os espertos se fazem tolos e o tolo quer ser esperto". Esse é outro aspecto crucial analisado em "Os contos e os vigários": a ambição por parte da vítima. Na maior parte das vezes, ela cai no conto porque deseja ter um ganho rápido e fácil. E esse desejo a torna cega diante de sinais cuja evidência pode estar clara para quem assiste de fora.

Publicidade


Expondo a variedade de elementos culturais que ajudam os vigaristas a montar seus enredos – a sensação de superioridade dos moradores das grandes cidades em relação aos interioranos; a convicção de que a vida nas metrópoles era sinônimo de modernidade; os usos e costumes da política brasileira; e os temores causados pelos aparatos oficiais de repressão –, o livro nos ensina que, assim como os costumes, a culinária, a moda e as organizações familiares, os "contos do vigário" de uma determinada época revelam muito sobre o seu contexto cultural, e nos ajudam a entender melhor a sociedade e sua evolução.


'Serviço':

Publicidade


Título: 'Os contos e os vigários – uma história da trapaça no Brasil'


Autor: José Augusto Dias Júnior


326 páginas

Preço: R$ 44,90


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo