Com 12 anos de história, a franquia de terror criada por James Wan no primeiro “Invocação do Mal” de 2013 chega ao seu apoteótico encerramento com o quarto filme da saga, intitulado “Invocação do Mal 4: O Último Ritual". Além dos longas originais, baseados nos maiores casos dos investigadores paranormais Lorraine e Ed Warren, o universo assustador de Wan contou com mais seis filmes derivados - totalizando 10 longa-metragens.
Desta iniciativa, surgiram monstros icônicos que marcaram a cultura pop, como a horripilante boneca amaldiçoada Annabelle e a inesquecível figura da Freira, uma contraposição maligna das servas de Deus.
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A aposta dada pela Warner foi certeira. O resultado é sempre uma lucratividade absurda, tendo em vista que os orçamentos para os filmes são relativamente baixos e as bilheterias altas. O quarto e, supostamente, último filme da franquia - que ainda está em cartaz - já arrecadou 400 milhões de dólares mundialmente, tornando-se a maior arrecadação de toda a série.
Esse é um indicativo de que a fórmula ainda funciona e alimenta as expectativas de que seu verdadeiro fim está longe de se tornar real, já que há investimentos para futuros produtos derivados, como é o caso da série produzida pela HBO Max, anunciada em 2023, e, atualmente, em fase de produção.
“O Último Ritual” tem cara e enredo de um encerramento. Com os personagens mais velhos e a sensação de “estamos cansados”, a dupla encarnada por Patrick Wilson e Vera Farmiga demonstra que, por mais calejados do sobrenatural que ambos estejam, há sempre um demônio mais forte para testá-los.
O casal protagonista continua esbanjando química. Junto da adição de sua filha (interpretada por Mia Tomlinson), em uma versão mais velha, o clima familiar predomina ao longo de toda a trama. É por meio deste núcleo que o demônio da vez irá tentar quebrar a renomada família Warren.
Característico da franquia, a antecipação do susto e a criação de uma atmosfera tensa seguem vivas. O movimento das câmeras no cenário é bem-feito e a forma com que o novo trio de monstros é utilizado faz com que aqueles menos corajosos sintam a palpitação de seus corações no silêncio da sala escura.
A mistura de ação com terror é outro elemento forte, principalmente nos últimos dois longas: “Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio” e “Invocação do Mal 4: O Último Ritual". Entre diversos fatores, essa alteração no ritmo da narrativa pode ser atribuída à direção de Michael Chaves - que recebeu o bastão de Wan e, recentemente, tomou as rédeas da série original.
Sem abordar temáticas e formas excessivamente pesadas para se horrorizar a audiência, “Invocação do Mal 4” e a franquia como um todo, tenta se manter em uma zona mais ‘tranquila’ do terror. Longas como “O Exorcista” e “Hereditário”, por exemplo, chocam ao promover um profundo desconforto para quem está do outro lado da tela - seja pela forma como o maligno se manifesta ou sua linguagem narrativa. “Invocação do Mal” funciona mais como um bom trem-fantasma. Sua experiência vai ser aterrorizante e assustadora, mas sustos serão facilmente acompanhados de risos e, por fim, você irá se sair feliz da sala de cinema.
*Sob supervisão de Guto Rocha - Editor do Portal Bonde
RODA DE CINEMA
"Invocação do Mal 4: O Último Ritual" foi o tema do quarto episódio do programa "Roda de Cinema". Nele, os apresentadores conversam sobre suas impressões e, na zona de spoilers, discutem os pontos positivos e negativos da narrativa. O episódio completo está disponível no YouTube do Portal Bonde.
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