A Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, lançou nesta quinta-feira (18) uma nova versão de seu modelo de inteligência artificial Llama, no mais recente esforço para acompanhar tecnologias semelhantes de concorrentes como OpenAI e Google.
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A big tech vai usar o novo produto para rodar um assistente de IA chamado Meta AI, que estará presente nos seus aplicativos para realizar tarefas, criar conteúdo e acessar informações em tempo real.
Em exemplo divulgado, o usuário poderá iniciar uma conversa com o Meta AI a partir da interface do próprio WhatsApp e solicitar algo como a data do próximo eclipse. Nessas conversas, também será possível gerar imagens e GIFs a partir do comando "imagine".
O Meta AI estará disponível a partir desta quinta em países fora dos Estados Unidos, como Canadá, Austrália, Nigéria e Singapura. O Brasil não está incluso na lista.
"Estamos construindo o Meta AI para refletir as diversas comunidades e idiomas ao redor do mundo. Estamos trabalhando para lançá-lo em mais locais este ano, mas não temos nada de novo para compartilhar no momento", disse a Meta, em nota.
O Llama 3, lançado nesta quinta-feira, é uma atualização do modelo que a empresa lançou no ano passado, o Llama 2.
Segundo a Meta, a nova versão, já disponível publicamente, codifica a linguagem com mais eficiência, o que resulta em uma melhoria substancial no desempenho, aumentando sua capacidade de compreensão e criação.
"Com o Llama 3, o Meta AI agora será o assistente mais inteligente disponível gratuitamente", disse o CEO Mark Zuckerberg em entrevista ao jornal The New York Times. "E, como alcançamos o nível de qualidade que desejávamos, agora vamos torná-la muito mais proeminente e fácil de usar em todos os nossos aplicativos."
O Llama é hoje um dos principais LLMs (grandes modelos de linguagem) de código aberto. Isso significa que programadores podem usá-lo, por exemplo, para criar seus próprios chatbots -os robôs de conversação como o ChatGPT.
A Meta disse em publicação no blog oficial que adota o "espírito" do código aberto ao permitir que a comunidade de desenvolvedores tenha acesso a esses modelos enquanto eles ainda estão em desenvolvimento.
O diretor de produto da empresa, Chris Cox, disse à Bloomberg que a versão anterior, que já era aberta, foi baixada 170 bilhões de vezes. Agora, o Llama 3 é "líder do setor em vários testes para modelos desse tamanho", disse Cox. "Não estamos mais correndo atrás para ter um modelo que seja o melhor".
Muitas grandes empresas de tecnologia estão em uma corrida para desenvolver e emplacar produtos e serviços de IA, gastando bilhões com chips e recursos para desenvolver LLMs e outros produtos.
No ano passado, a Microsoft incorporou o GPT, da OpenAI, no mecanismo de pesquisa Bing. O Google fez o mesmo com o Gemini, agora integrado ao Docs, Gmail e Busca.
Os esforços do Meta se destacam devido à escala de seus produtos, que são utilizados por cerca de 4 bilhões de pessoas no mundo inteiro.
A big tech tem usado IA em seus produtos há anos, mas desde o ano passado tem se dedicado mais à tecnologia, com executivos enfatizando seus benefícios em aparições públicas e entrevistas.
Os investidores têm demonstrado otimismo sobre o uso de IA pela Meta em seus produtos. As ações subiram cerca de 1,5%, a US$ 501,80 nesta quinta-feira, e 44,9% neste ano.