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EDUCAÇÃO MUSICAL

Estudantes de projeto de Orquestras do MST participam do Festival de Música de Londrina

Redação Bonde com assessoria de imprensa
18 jul 2025 às 16:15

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Foto: Divulgação
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Uma turma de seis educandos e educandas do projeto social Orquestra Popular Camponesa, do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) do Paraná, estão participando das atividades do Festival Internacional de Música de Londrina. O projeto de educação e prática musical coletiva funciona há 4 anos em acampamentos e assentamentos rurais no estado e já se apresentou em eventos em Maringá , Curitiba e Ortigueira - incluindo apresentação para o presidente Lula. 


Nestas férias escolares, os jovens instrumentistas representam dois dos quatro núcleos da Orquestra e estão participando das oficinas de Violino, Viola de Arco, Percussão Sinfônica,  Samba, Violoncelo e Contrabaixo acústico. Além das oficinas, a turma assiste regularmente aos ensaios da orquestra do Festival e aos espetáculos da programação. 

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Este é o primeiro ano em que a Orquestra Camponesa participa do tradicional Festival londrinense. Para Igor de Nadai, coordenador da Orquestra Popular Camponesa, trazer os educandos e educandas para o Festival é uma grande conquista. “Primeiro porque são jovens que nunca tiveram acesso a eventos dessa magnitude, muitos nunca tinham entrado em um teatro”, explica o coordenador. 


Segundo ele, além da socialização do acesso à música, a participação é uma oportunidade de conhecer as potências do trabalho musical e das trocas com outros instrumentistas. “As oficinas reúnem músicos de projetos sociais de todo o Brasil, é uma oportunidade de os nossos jovens verem esse amplo universo da prática e do estudo da música”, avalia. 

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Do campo para a cidade 


Na segunda-feira, 14, a turma começou o dia cedo, com uma viagem pelas estradas de terra que saem do Assentamento Eli Vive, onde funciona o núcleo mais antigo da orquestra. Com aulas no espaço da escola municipal recém inaugurada, o núcleo Eli Vive tem 120 educandos - destes, 80 são crianças de 6 a 9 anos matriculadas em turmas regulares de canto coral e outros 40 são alunos de Cordas friccionadas (Violão, Viola de Arco, Violoncelo e Contrabaixo), cordas populares (Violão e viola), percussão, sopros (flauta, trompete, trompa e trombone).  

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Para a participação dos jovens no Festival, a comunidade do assentamento se organizou e viabilizou um carro, o que possibilitou a viagem dos cinco educandos. Eloísa dos Santos toca viola de arco há um ano e meio e disse que estava apreensiva no começo. “Eu estava nervosa, meus pais apreensivos por eu sair de casa para viver uma experiência que a gente nunca tinha experimentado”, lembra. Depois de dos dias de prática e estudo a jovem de 17 anos se sente recompensada “Eu pude tocar um pouco do repertório para a professora Flávia, e foi ótimo, ela me elogiou em muitos pontos, me corrigiu, e se tudo der certo pode ser que eu me apresente com a orquestra do Festival”, conta emocionada. 


Além dela, a violinista Clara Isabeli também diz estar contente com a participação, apesar das dificuldades. “Eu achei bem difícil no primeiro dia, a gente vê que são pessoas que estudam há muito tempo e que se dedicam bastante, isso deixa a gente um pouco insegura em alguns momentos”. Clara é educanda de um núcleo mais recente do projeto, que funciona há dois anos no acampamento Herdeiros da Luta de Porecatu, na cidade de Porecatu, a cerca de 90 quilômetros de Londrina. Lá o núcleo funciona nas salas de madeira da escola itinerante e tem aulas de Violino, Cello, Viola de Arco e Contrabaixo. “Nesse segundo dia ainda não tive coragem de me apresentar para a professora, mas ver as pessoas me fez desejar continuar me dedicando para alcançar a  excelência musical como elas”, relata.

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Fernando Campaner, maestro da Orquestra e professor de cordas, avalia que a participação no Festival cumpre o papel de aproximar os educandos desse universo novo que, segundo ele, muitas vezes só conhecem pela mediação do projeto. “A gente sabe que o acesso à música de excelência está restrito ao meio urbano, aos grandes centros e a Orquestra Popular Camponesa quebra essa lógica”, reflete.  “Mas a gente não consegue fazer tudo, participar do Festival é um jeito de ampliar os horizontes das turmas, incentivar mais o estudo, inspirar e fortalecer”, conclui.


Educandos e educandas das turmas de Canto Coral se apresentam no Dia da Família na Escola, na Escola do Campo, Trabalho e Saber, no assentamento Eli Vive em Lerroville, Londrina

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Sobre a Orquestra Popular Camponesa 


A Orquestra Popular Camponesa é um projeto de educação musical e prática orquestral coletiva voltado a crianças e jovens em áreas de Reforma Agrária, Acampamentos e Assentamentos da reforma agrária no Paraná. O projeto funciona há 4 anos e hoje são cerca de 280 crianças e jovens camponeses que estudam canto, instrumentos de corda, sopro e percussão em suas comunidades rurais. 

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Alunos de Canto Coral se apresentando no Dia da Família na Escola, na Escola do Campo, Trabalho e Saber, do assentamento Eli Vive . Foto: Valéria Félix


A Orquestra funciona em Londrina, no assentamento Eli Vive; em Porecatu, no acampamento Herdeiros da Luta de Porecatu; em Arapongas, no Assentamento Dorcelina Folador, e em Cascavel, no assentamento Valmir Mota. Em todos estes espaços, as aulas acontecem em contra-turno, no espaço das escolas e com contribuição de músicos dos centros urbanos da região. 

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A Orquestra Popular Camponesa tem apoio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura de Londrina - Promic; da Lei Paulo Gustavo do Estado do Paraná (no núcleo de Porecatu) e do projeto do Instituto Federal do Paraná, por meio da Secadi/ Ministério da Educação.


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