A escritora e jornalista londrinense Isabela Cunha ministra nesta sexta-feira (24), às 20h, na Vila Usina Cultural (avenida Duque de Caxias, 4.159), a palestra “Cultura e Literatura Negra”, que aborda a importância da literatura negra como forma de expressão cultural e resistência, destacando obras significativas, movimentos literários afro-brasileiros e a contribuição de autores negros para o cenário contemporâneo.
Autora dos livros Cianureto (2022) e Dia de Festa no Brasil (2025), Isabela Cunha é também produtora cultural e defende a literatura como um direito de todos e uma potência presente em cada pessoa. Ela participou das antologias Viras do Versa e Um Dedo de Prosa, e publicou textos na revista Pausa na Rede.
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“Viver já é um jeito de fazer literatura com a pele”, resume Isabela em sua minibiografia. Segundo ela, essa marca está fortemente presente na produção de mulheres negras, que imprimem à literatura elementos da oralidade e da experiência cotidiana.
Entre os nomes fundamentais da literatura negra brasileira, Isabela cita Maria Firmina dos Reis, autora do primeiro romance publicado por uma mulher negra no país (Úrsula, 1859); Carolina Maria de Jesus, de Quarto de Despejo (1960), traduzido para 14 idiomas; e Conceição Evaristo, primeira escritora negra a integrar o acervo do Museu de Literatura Brasileira.
A palestrante também destaca autores contemporâneos, como Itamar Vieira Junior, de Torto Arado, e Ana Maria Gonçalves, autora de Um Defeito de Cor e primeira mulher negra a ingressar na Academia Brasileira de Letras, em 2025. “São grandes nomes que estão produzindo, sendo premiados e vendendo muito. A gente pode construir esse arco de escritores importantes para a história e a literatura do Brasil”, comenta Isabela.
A palestra “Cultura e Literatura Negra” tem entrada gratuita e as inscrições podem ser feitas pelo Sympla, no link https://encurtador.com.br/Ov8JF. A atividade integra o projeto “Pontes de Cultura – Engrenagens do Futuro”, promovido pela Usina Cultural com recursos do Governo Federal, por meio da Pnab (Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura), em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura de Londrina.