Filme estrangeiro
Uma suposta vítima de P. Diddy falou publicamente pela primeira vez nesta quarta-feira (11), em entrevista à CNN americana. Sob o nome fictício de John Doe, o homem disse que foi drogado e estuprado pelo rapper enquanto trabalhava como segurança em uma de suas festas.
"No início, ele foi incrivelmente amigável, muito polido", disse o homem, que entrou com acusação formal contra o rapper em outubro. Ele é representado pelo advogado Tony Buzbee, que encabeça várias das acusações contra Diddy.
Na entrevista, a suposta vítima teve a voz distorcida e o rosto esfumado para proteger sua identidade. Ele afirma ter sido contratado por uma empresa terceirizada para trabalhar como segurança em uma das famosas "White Parties" de Diddy, em 2007.
Em certo momento da festa, o próprio Diddy o abordou e lhe ofereceu um drink e depois outro. Ele aceitou. "Quando o primeiro drink começou a fazer efeito, eu me lembro de pensar: 'uau, isso é forte'. Foi só quando estava terminando o segundo drink que percebi que havia algo errado com aquelas bebidas. Já era tarde demais", relatou o homem.
"Infelizmente, Sean Combs estava me observando de algum lugar. Uma vez que ele viu que eu já estava indefeso e se certificou de que estava em uma posição de poder, ele tirou vantagem da situação", narrou.
Em seguida, Diddy teria forçado o homem a entrar em um veículo SUV, deitado-o de bruços e o estuprado. Ele relata que tentava se soltar, mas não tinha forças devido ao efeito da droga, que acredita ser GHB.
"Eu gritava e pedia para ele parar, foi incrivelmente dolorido e ele agia como se não fosse nada. Ele parecia desconectado do que estava fazendo. Foi inacreditavelmente abusivo", disse.
OUTRO LADO
Diddy está preso desde setembro em Nova York e responde a múltiplas acusações por suspeita de tráfico sexual, abuso sexual, estupro e coerção. Ele nega todas as acusações.
A CNN afirma que a defesa de Diddy não se pronunciou sobre o depoimento. Em outubro, quando a ação foi movida junto com vários outros casos, os advogados do artista enviaram nota à imprensa americana dizendo que ele é inocente.
"O sr. Combs e sua equipe jurídica têm plena confiança nos fatos e na integridade da Justiça. No tribunal, a verdade prevalecerá. Sean Combs nunca violentou ninguém, nem adultos, nem crianças, nem homens, nem mulheres", dizia o comunicado.