Mais um ator da Marvel se encarregou de defender o gênero dos filmes de super-herói das críticas do diretor Martin Scorsese. Em entrevista ao The Hollywood Reporter publicada nesta sexta-feira (24), o britânico Tom Holland afirmou que obras do tipo são "arte de verdade".
"Você poderia perguntar para o [Martin] Scorsese: 'Gostaria de fazer um filme da Marvel?'. Mas ele não sabe como são porque nunca fez um", argumentou o ator de 25 anos, intérprete do Homem-Aranha nos filmes mais recentes da franquia.
"Eu fiz filmes da Marvel e também já fiz filmes candidatos ao Oscar, e a única diferença, mesmo, é que um é muito mais caro que o outro", continuou. A declaração foi em resposta a uma entrevista de Scorsese em 2019, na qual o diretor afirma que longas de herói "não são cinema", mas "parques de diversão".
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Holland, que fez sua estreia como ator em uma montagem da peça "Billy Elliot", também ganhou destaque no longa dramático "O Impossível", de 2012. Na época, a produção foi indicada a um Oscar pela atuação de Naomi Watts.
"Na forma como eu analiso o personagem, na maneira em que o diretor desenvolve o arco da história e dos personagens, é tudo a mesma coisa, só feito em diferente escala", descreveu o namorado de Zendaya. "Então eu penso, sim, que são arte de verdade".
Ele ainda aponta que para o elenco envolvido em longas de heróis, a pressão é muito maior. "Quando você faz esse tipo de filme, você sabe que sendo bons ou ruins, milhões de pessoas vão assistir a eles, enquanto em pequenos filmes independentes, ninguém vai ver se não for muito bom".
Holland ainda diz acreditar que, caso perguntados sobre a diferença entre filmes concorrentes ao Oscar e os da Marvel, Robert Downey Jr., Benedict Cumberbatch e Scarlett Johansson diriam o mesmo. "E tem menos Spandex [tecido elástico presente em fantasias de super-herói] nos filmes do Oscar", brinca.
Scorsese, diretor de "Taxi Driver", "O Lobo de Wall Street" e "O Irlandês", havia dito ao site Empire que "tentou assistir" a longas do gênero. Mas que, "por mais que sejam bem feitos, com atores fazendo o melhor que podem naquelas circunstâncias, eles são mais parecidos com parques de diversão".
"Não é o cinema de seres humanos tentando comunicar experiências emocionais e psicológicas para outro ser humano", opinou.