Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Grupos feministas

Polanski recebe homenagem em Paris sob protestos

Agência Estado
01 nov 2017 às 08:29

Compartilhar notícia

- Georges Biard/Commons
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Duas integrantes do grupo Femen entraram nesta segunda-feira (30) à noite na Cinemateca Francesa e protestaram com outras dezenas de pessoas contra a retrospectiva dedicada ao diretor de dupla nacionalidade francesa e polonesa Roman Polanski, acusado de agressões sexuais por várias mulheres.

"Não a homenagem para os estupradores", gritaram as duas ativistas para Polanski, de 84 anos, que compareceu ao local para apresentar seu último filme "D'après une histoire vraie" ("Baseado em fatos reais"), no início da retrospectiva dedicada à sua obra.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


As duas mulheres, que exibiram seus seios descobertos e a frase "Very Important Pedocriminal" ("Pedófilo muito importante") nas costas, foram expulsas rapidamente da Cinemateca, mas continuaram o protesto do lado de fora do edifício.

Leia mais:

Imagem de destaque
Financiamento da cultura

'Rouanet é fundamental para o Brasil', diz chefe da Bienal

Imagem de destaque
Filme biográfico

Kristen Stwart aparece como Lady Di em novo pôster de 'Spencer'

Imagem de destaque
Privilegiados

De Alexandre Pato a Marco Pigossi, veja famosos vacinados contra Covid fora do Brasil

Imagem de destaque
Pior audiência da história

Oscar 2021 perde mais de 13 milhões de espectadores


"Apreciar um artista não significa se calar sobre seus crimes!", disse Sanaa Beka, que foi protestar convocada por grupos feministas.

Publicidade


Em fevereiro, o cineasta teve que renunciar a presidir os prêmios César do cinema francês pela pressão das feministas.


"Para nós o importante é cancelar esta retrospectiva, obter desculpas da Cinemateca e provocar uma tomada de consciência", afirmou Raphaëlle Rémy-Leleu, porta-voz do grupo "Osez le féminisme", horas antes do começo dos protestos.

Publicidade


Em 1977, Roman Polanski admitiu ter tido relações sexuais ilegais com Samantha Geimer, que na época tinha somente 13 anos, na casa de Jack Nicholson em Los Angeles enquanto o ator viajava.


Em troca da confissão, um juiz aceitou não manter outras denúncias mais graves contra ele. Mas, convencido de que o magistrado voltaria trás em sua promessa e acabaria o condenando a décadas de prisão, o cineasta fugiu para a França.

Publicidade


O diretor, que ganhou o Oscar por "O Pianista", é casado com a atriz francesa Emmanuelle Seigner, com que tem dois filhos. Ele sempre se negou a voltar aos Estados Unidos sem garantias de que não será preso.


Em 2010, a atriz britânica Charlotte Lewis declarou que o diretor a havia forçado a ter relações sexuais quando ela tinha 16 anos.

Publicidade


Outra mulher, identificada como "Robin", o acusou em agosto de agressão sexual quando tinha 16 anos, em 1973.


No começo de outubro, a justiça suíça indicou que examina novas acusações contra Polanski de uma mulher que assegura que o diretor abusou dela 1972, quando tinha 15 anos.

Publicidade


A Cinemateca francesa, presidida pelo cineasta Costa-Gavras, se negou a cancelar o evento.


"Fiel a seus valores e a sua tradição, a Cinemateca não pretende ser substituta da justiça", declarou a instituição, que denuncia um pedido de "censura puro e simples".


"A retrospectiva de Polanski está prevista há muito tempo", disse na sexta-feira a ministra de Cultura da França, Françoise Nyssen. "Trata-se de uma obra, não de um homem, não vou condenar uma obra", disse.

Uma petição lançada on-line na semana passada para cancelar esta retrospectiva teve 26.000 assinaturas.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo