Inspirada pelas denúncias de assédio realizadas contra o diretor Harvey Weinstein, a cantora e atriz islandesa Björk reafirmou nesta terça-feira (17) ter sofrido assédio sexual pelo diretor dinamarquês Lars Von Trier durante a filmagem de Dançando no Escuro. Depois do diretor ter se defendido das acusações em entrevista ao jornal dinamarquês Jyllands-Posten, Björk emitiu uma tréplica na sua página oficial do Facebook.
A cantora afirma que durante filmagens na Suécia o diretor teria tentado escalar sua varanda no meio da noite com "claras intenções sexuais, enquanto sua esposa estava no quarto ao lado". Björk disse também que Von Trier a abraçava à força e sussurrava "gráficas descrições sexuais" ao seu ouvido. Certa vez, quando a cantora recusou seu abraço, o diretor teria quebrado uma cadeira em pleno set de filmagem, em uma explosão de raiva.
Lars Von Trier havia negado a acusação de Björk, dizendo "não ter sido o caso. Mas que não éramos amigos, é um fato." O produtor do filme estrelado por Björk, Peter Aalbaek Jensen, afirmou ter sofrido nas mãos da cantora, alegando que "Até onde me lembro nós éramos as vítimas. Aquela mulher era mais forte que eu, Lars Von Trier e a empresa juntos. Ela ditava tudo e estava prestes a fechar a produção de um filme de 100 milhões de coroas (US$16 milhões)."
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Björk disse no domingo que "um diretor dinamarquês" a teria assediado, em clara alusão a Lars Von Trier, que posteriormente teria lhe punido retratando-a como sendo uma "atriz difícil". A cantora e atriz afirma que o relato do produtor Peter Aalbaek Jensen condiz com os mesmos métodos utilizados por Harvey Weinstein, de bullying e difamação. A cantora conclui dizendo que "se ser retratada como 'difícil' é o preço a se pagar por rejeitar abuso sexual, estou disposta a pagar."