No dia 6 de julho deste ano, o teatro entrava em luto pela perda do ator e dramaturgo que revolucionou as artes cênicas do Brasil com uma proposta crítica e inovadora. Aos 86 anos, José Celso Martinez Corrêa - o Zé Celso - foi vítima de um incêndio que atingiu seu apartamento, chegou a ser internado no Hospital das Clínicas (SP), mas não resistiu.
O documentário "Máquina do Desejo", lançado duas semanas após sua morte pela Descoloniza Filmes, traz um mergulho na sua trajetória artística, que culminou na criação do Teatro Oficina, a maior companhia de teatro em atividade no Brasil, localizada no Bixiga, em São Paulo.
Em homenagem ao trabalho de Zé Celso e a importância do seu legado, o Villa Rica apresenta duas sessões de "Máquina do Desejo" nesta quinta (31), às 19h30, e no sábado (02), às 15h. Na exibição do final de semana, terá um debate em seguida com a professora de artes cênicas da UEL, Laura Franchi, e mediação da atriz Simone Andrade. Os ingressos custam R$ 15 (meia-entrada) e R$ 30 (inteira) e podem ser adquiridos na bilheteria do espaço ou pelo site.
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Com direção, roteiro e montagem de Joaquim Castro e Lucas Weglinski, a obra é construída a partir do acervo audiovisual da associação de atores que, em seis décadas e tendo Zé Celso como figura central, ajudou a redefinir a linguagem teatral no país, construindo uma forma de resistência política durante tempos conservadores e de ataques a expressões culturais.
São diversos registros históricos, incluindo filmagens de cineastas e videomakers e gravações feitas pelo próprio Oficina. O filme expõe o teatro disruptivo para além dos palcos, revisita uma história que envolve personalidades como Caetano Veloso, Glauber Rocha e Lina Bo Bardi e explora temas que vão desde arte cênica até sexualidade.
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