O Grande Circo Místico, de Cacá Diegues, é o filme brasileiro indicado para uma vaga na disputa pelo Oscar 2019. O longa foi indicado pela comissão nomeada pelo Ministério da Cultura em evento nesta terça-feira, 11, na sede da Cinemateca Brasileira, em São Paulo.
A cerimônia da 91.ª edição do Oscar será no dia 24 de fevereiro de 2019, em Los Angeles. O filme tem previsão para estrear nacionalmente em novembro de 2018, e será adaptado pela Rede Globo para uma minissérie, ainda sem data.
Inspirado no poema de Jorge de Lima, o filme de Cacá Diegues evoca Federico Fellini numa história do apogeu e decadência de um circo e também a de uma família. "Não pensei especificamente em Fellini, mas ele está entranhado no meu imaginário de cinéfilo", disse o diretor ao jornal "O Estado de S. Paulo" em maio, quando o filme estava prestes a estrear em Cannes. "Mas se tem algo de Fellini, tem também do Lola Montès de Max Ophuls, outro gênio." Na época, o diretor não quis revelar mais detalhes, mas estava feliz com a repercussão.
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Há quase 50 anos, Cacá já contou outra história do Brasil, por meio de outra família e filtrada pela Rádio Nacional - Os Herdeiros. O rádio, a TV, tudo cabe sob o toldo do Circo Místico. Ao repórter Luiz Carlos Merten, o novo filme fez lembrar o anterior: "É curioso, outras pessoas já me falaram isso, mas não pensei especificamente em Os Herdeiros ao fazer o Circo, mas é possível, não sei. Ainda é cedo para avaliar", refletiu o diretor.
Oscar de melhor filme estrangeiro
Para concorrer na disputa de melhor filme estrangeiro, a produção deve ter sido lançada entre 1.º de outubro de 2017 e 30 de setembro de 2018 em circuito comercial (ou em pelo menos uma sala comercial).
Estavam inscritas 22 produções brasileiras. Tem sido um longo jejum brasileiro na festa da Academia de Hollywood. O último filme selecionado para concorrer foi Central do Brasil, de Walter Salles, em 1999.