Depois de sofrer boicotes da Netflix, da Amazon e até da NBC, emissora que transmite a cerimônia da premiação anualmente, o Globo de Ouro divulgou um cronograma de reformas nesta segunda-feira (10).
As mudanças são uma resposta da premiação, organizada pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood –HFPA, na sigla em inglês– às críticas de falta de diversidade racial e de corrupção que se avolumam em torno do prêmio desde fevereiro, uma semana antes da cerimônia deste ano.
Então, uma investigação do jornal americano LA Times revelou que não havia, até então, nenhum negro entre os cerca de 90 membros da associação, o que fez o grupo receber acusações de racismo.
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A publicação ainda trouxe à tona acusações de que comitês do prêmio fazem parte de um esquema de troca de favores, no qual eleitores aceitam dinheiro, viagens e presentes em troca de indicações no Globo de Ouro. Escândalos do tipo tem rondado a HFPA desde os anos 1960, mas entidade nega as acusações de corrupção.
Agora, em comunicado, a HFPA afirma que implementar suas reformas é a maior prioridade da organização hoje, e que pretende fazê-lo "o mais rápido –e seriamente– possível".
O cronograma teve início este mês, com a aprovação do plano de reformas do conselho –ele foi anunciado na sexta-feira (7).
Ainda em maio, a proposta é revisar e aprovar um novo código de conduta para os membros da HFPA, firmado com consultorias de empresas de relações públicas e dos estúdios de cinema, contratar um terceirizado para investigar às acusações de corrupção que têm surgido, e iniciar o processo de contratação de novos membros e executivos.
O calendário termina no início de agosto, ao final de 14 semanas. É quando supostamente terão sido alcançado todos os objetivos das reformas. Entre eles, estão contratar um diretor de diversidade, enfatizar o recrutamento de jornalistas negros, e trazer 20 novos membros à associação. A HFPA ainda diz buscar expandir a composição de sua equipe em 50% nos próximos 18 meses.