Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Recursos da Lei Rouanet

Documentário vai resgatar aspectos da colonização do Norte e Noroeste do Paraná no século XX

Redação Bonde com assessoria
01 fev 2024 às 17:47
- Acervo/Cidades Históricas
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Um documentário inédito promete contar a história da colonização do Norte e Noroeste do Paraná e da Companhia de Terras Norte do Paraná, que viabilizou a fundação de cidades como Londrina e Maringá. Viabilizado pela Lei Rouanet, “Epopeia em Terras Roxas: O centenário da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná” apresentará aspectos ainda pouco estudados, sobretudo, na fase britânica inicial da empresa.

Será trazida à tona a trajetória de seus fundadores, que haviam experimentado outras iniciativas pelo mundo antes de chegar ao interior do Brasil, bem como suas relações internacionais e políticas, até a venda dos negócios para um grupo de investidores paulistas, os quais deram sequência e aprimoraram o projeto ao longo das décadas.

Atualmente na fase de pré-produção, o documentário é idealizado pelo Cidades Históricas, juntamente do Londrina Histórica e do Maringá Histórica, e conta com a direção de Miguel Fernando e produção da Cosmos Filmes. De acordo com o diretor, a produção prevê gravações não só no Paraná e São Paulo, mas também na Inglaterra e na Escócia, onde Simon Joseph Fraser, o conhecido Lord Lovat, utilizou-se de sua aristocracia e de seu prestígio para organizar um potente grupo de investidores.

“A Companhia foi a grande responsável por idealizar o grande projeto imobiliário do Norte e do Noroeste do Estado. Apenas na fase britânica da empresa, que vai de 1925 a 1944, foram mais de dez cidades fundadas, entre elas Londrina. A partir de 1944, a empresa é adquirida por empresários paulistas, que expandem seu ramo de atuação”, explica Miguel Fernando, que também assinará o roteiro.


O início de tudo

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Durante pouco mais de 70 anos desde a emancipação política do Paraná, ocorrida em 1853, o desenvolvimento urbano e econômico do Estado ficou restrito às regiões sul, oeste e centro-oeste, onde o clima favorecia o cultivo da erva-mate, principal cultura na balança econômica até aquele momento. Na região Norte, o caminho rumo ao progresso passou a ser traçado já na segunda década do século XX.

Graças a articulação e ao engajamento de investidores britânicos que migraram para cá, em 1925 foi fundada a Companhia de Terras Norte do Paraná, que executou ampla estratégia que envolvia o desenvolvimento urbano e rural na região, dando início a colonização – termo utilizado à época para empreendimentos imobiliários, e propiciando o surgimento de mais de 60 cidades, entre elas importantes metrópoles, como Londrina, Maringá, Cianorte e Umuarama, as quais se tornaram polo no eixo de sua propriedade que somou mais de 500 mil alqueires paulistas. Ou seja,  por volta de 6% do território paranaense foi propriedade da Companhia de Terras.

Também na fase inicial, o grupo ainda era proprietário da Companhia Ferroviária São Paulo-Paraná, que visava expandir os trilhos até Guaíra. Mas, próximo ao final da II Guerra Mundial, houve intervenções internacionais e nacionais que resultaram na nacionalização dessa empresa.

Em 1951, os investidores brasileiros optam pela mudança de sua razão para Companhia Melhoramentos Norte do Paraná (CMNP), já que haviam ampliado o ramo de atuação. Em plena atividade, além do ramo imobiliário, a CMNP tem se dedicado ao mercado sucroenergético.

Leia mais:

Imagem de destaque
Exibição gratuita

Sessão Londrina leva documentário 'Termodielétrico' ao Villa Rica

Imagem de destaque
Pego de surpresa

Selton Mello nega sequência de 'Lisbela e o Prisioneiro' e critica anúncio 'desrespeitoso'

Imagem de destaque
Inteira custa R$ 20

Animação “Proibido a Cães e Italianos” estreia no Ouro Verde

Imagem de destaque
Confira vídeo:

Anne Hathaway confirma 'O Diário da Princesa 3'

Figuras importantes desta história

Publicidade


Um dos aspectos principais que o documentário irá abordar está relacionado com a apresentação, ao público, de figuras importantes não só à Companhia, mas também para a história do Paraná.

“Nossas gravações fora do Brasil serão justamente para dar ao público esta dimensão. Um dos fundadores da Companhia, por exemplo, é Simon Joseph Fraser, um aristocrata escocês com título de lorde que chegou ao Brasil em 1924 para conhecer as terras profícuas de nossa região. Também abordaremos o papel de seus executivos, como Arthur Thomas, igualmente escocês que comandou o processo organizacional da empresa, bem como Antonio Moraes Barros, advogado que assumiu como primeiro presidente do grupo. Barros era neto de Prudente de Moraes,  que ocupou a presidência do Brasil no final do século XIX. Outro importante personagem nessa história é Gastão de Mesquita de Filho, que, incialmente, foi responsável pelo projeto ferroviário do grupo e, mais tarde, lideraria os brasileiros na aquisição da empresa. Tratam-se de personagens cujo os nomes estão presentes no imaginário dos paranaenses e da do país. . Não há dúvidas: este será o mais importante material histórico até agora produzido na região”, disse Miguel Fernando.

O documentário tem previsão de lançamento no final de 2024. Primeiramente, o filme circulará as principais cidades do Norte e Noroeste do Paraná. Depois, será disponibilizado gratuitamente em plataformas digitais para o público em geral.

Ficha técnica


Lei Nacional de Incentivo à Cultura (Rouanet)
Patrocínio: Sicoob, Planti Center, Fortgreen, Virginia Distribuidora de Bebidas e Cocamar
Fomento à Cultura: Instituto Cultural Ingá
Realização: Cidades Históricas (Maringá Histórica e Londrina Histórica), Ministério da Cultura, Governo Federal – Brasil, união e reconstrução.

Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo