Renato Aragão, o Didi Mocó, afirma ter se entristecido com a Globo por não ter sido convidado ao Criança Esperança do ano passado, confirmando o que sua mulher, Lilian Aragão, disse à imprensa na época. Um dos criadores do programa beneficente, o humorista foi por anos o principal apresentador dos shows, exibidos pela emissora desde 1986.
Apesar disso, ele se mostra disposto a voltar a trabalhar na emissora, de onde foi demitido em 2020.
"Senti um pouco de tristeza por não ser convidado [ao Criança Esperança] depois de tanto tempo. Mas a vida é assim mesmo, vai passando e de repente começa tudo de novo", disse o ator à Folha de S.Paulo um dia antes da estreia do musical "O Adorável Trapalhão", que reconta sua vida, no teatro VillaLobos, em São Paulo.
"Mas gosto da ideia de voltar à TV Globo. Estou com vontade. Para fazer aquele tipo de televisão que eu fazia, não. Quero coisa nova."
Em nota, a Globo afirma que "tem enorme gratidão e admiração por Renato Aragão", e que considera ele um protagonista da história da empresa e do Criança Esperança.
"O show da campanha, no entanto, tem diferentes desenhos artísticos a cada ano. Em algumas edições, como no ano passado, não houve a participação do Renato, o que não significa que ele não estará presente este ano ou nos seguintes, neste ou em outros projetos", diz o comunicado.
Lilian Aragão afirmou que a Globo não tentou se explicar com o humorista após o programa.
O Criança Esperança do ano passado se destacou em relação às últimas edições devido à reunião de Xuxa, Angélica e Eliana, que cantaram juntas, causando comoção nas redes sociais.
Aragão manteve contrato ininterrupto com a Globo por 44 anos. Viveu o auge da sua carreira na emissora com "Os Trapalhões", exibido por 18 anos, e depois com "A Turma do Didi".