O poeta e editor Lawrence Ferlinghetti, fundamental para catapultar a geração beatnik como ícone cultural, morreu aos 101 anos nesta segunda-feira (22) em sua casa em San Francisco.
Ele sofria de uma doença no pulmão, segundo seu filho Lorenzo.
Além de poeta reconhecido, ele ficou famoso nos anos 1950 ao publicar "Howl", obra de Allen Ginsberg que se rebelava contra o establishment político e artístico da época com uma literatura acusada de obscena. Foi um passo decisivo para incrustar a geração beat no imaginário popular.
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A editora surgiu da livraria de Ferlinghetti, a City Lights, hoje endereço cativo em San Francisco e anfitriã naquela década de nomes como Ginsberg e Jack Kerouac, que ascendiam na ponta de uma nova geração literária nos Estados Unidos.
Mas a produção literária do próprio livreiro não foi nada desprezível, com uma carreira longa e premiada como poeta, além de trabalhos como pintor, dramaturgo e tradutor.
Sua principal obra poética, "Um Parque de Diversões da Cabeça", de 1958, foi traduzida para nove línguas e vendeu milhões de cópias.
Segundo entrevista que deu a um documentário sobre ele, porém, ele não se considerava um poeta beat, preferindo colher suas inspirações em T.S. Eliot.