O estilista alemão de alta costura Karl Lagerfeld, diretor artístico da Chanel e ícone da indústria global da moda há mais de meio século, morreu nesta terça-feira, 19, informou uma fonte da grife francesa Chanel, segundo a imprensa francesa. Ele tinha 85 anos. A revista online de celebridades francesas Purepeople disse, na manhã desta terça, que Lagerfeld foi levado às pressas para um hospital em Neuilly-sur-Seine, nos arredores de Paris, na noite anterior.
Karl Lagerfeld desfrutava da estatura de um deus entre os mortais do mundo da moda, onde permaneceu no topo por mais de meio século e até a sua morte, numa idade que quase ninguém além de si mesmo conhecia com a precisão de hoje. O estilista alemão era mais conhecido por sua associação com a francesa Chanel, que remonta a 1983. A marca, diz a lenda, corria o risco de se tornar a reserva de vovós endinheiradas antes de ele chegar, cortando as bainhas e acrescentando brilho aos ternos fofos do que é agora uma das casas de costura mais valiosas do mundo.
Mas Lagerfeld, que ao mesmo tempo produzia coleções para a Fendi da LVMH e a marca que leva seu nome - um feito inédito na moda -, era quase uma marca por si só. Trajes escuros esportivos, cabelos brancos, rabo-de-cavalo e óculos escuros nos últimos anos que o tornaram instantaneamente reconhecível, um humor irreverente também fazia parte de uma persona cuidadosamente elaborada.
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"Sou como uma caricatura de mim mesmo e gosto disso", dizia uma citação lendária atribuída a ele, e muitas vezes reciclada para transmitir a pessoa que ele gostava de interpretar. "É como uma máscara. E, para mim, o carnaval de Veneza dura o ano todo."
Seus instintos artísticos, perspicácia comercial e ego proporcional combinavam-se a