O papa Francisco segue com o quadro de saúde estável e, nesta segunda-feira (10), a equipe médica retirou o prognóstico reservado que constava no estado de saúde do pontífice. Na prática, os profissionais de saúde afastaram as incertezas sobre sua recuperação, ainda que não tenham indicado uma previsão de alta.
"Tendo em vista a complexidade do quadro clínico e o importante quadro infeccioso apresentado na admissão, será necessário continuar, por mais alguns dias, a terapia médica farmacológica em ambiente hospitalar", diz o boletim mais recente divulgado pelo Vaticano.
O anúncio consolida uma melhora no estado de saúde do papa, uma vez que "o fato de os médicos terem retirado o prognóstico significa que sua vida não está em perigo iminente devido à infecção que o levou a ser internado", segundo Matteo Bruni, porta-voz do Vaticano. "Mas o quadro continua complexo e outros perigos permanecem, principalmente devido à sua idade, e é por isso que ele deve permanecer no hospital para tratamento em um ambiente protegido."
Ainda nesta segunda, o papa expressou suas condolências às vítimas do temporal ocorrido na semana passada em Bahía Blanca, na Argentina, que deixou ao menos 16 mortos e cem pessoas desaparecidas. Do hospital, o porta-voz do Vaticano afirmou que o pontífice "está próximo delas [as vítimas] em seus pensamentos e orações".
No domingo, Francisco, internado desde o dia 14 de fevereiro, acompanhou, por vídeo, a primeira sessão de exercícios espirituais (um conjunto de práticas de oração e meditação) da Quaresma com os participantes da Cúria Romana. Foi o quarto domingo sem o Angelus, a tradicional oração que o papa faz diante da praça São Pedro.
"Irmãos e irmãs, em minha prolongada hospitalização, também eu experimento o serviço cuidadoso e a ternura no atendimento, especialmente por parte dos médicos e dos profissionais de saúde, a quem agradeço de coração", escreveu o pontífice em uma mensagem de agradecimento à equipe médica divulgada também no domingo.
Acometido por uma bronquite que evoluiu para um quadro de pneumonia nos dois pulmões, o pontífice tem enfrentado uma série de crises respiratórias desde sua entrada no hospital Gemelli, em Roma. A última delas ocorreu na segunda-feira (3), quando ele sofreu "dois episódios de insuficiência respiratória".
Esta é a quarta e mais longa hospitalização do papa desde 2021, o que gera preocupações devido aos problemas de saúde que o fragilizaram nos últimos anos, como cirurgias no cólon e no abdômen, além de dificuldades para caminhar.
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