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Após rejeição

Globoplay prepara documentário sobre Karol Conká

Folhapress
01 mar 2021 às 14:06
- Reprodução/Instagram
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O Globopay prepara um documentário sobre a rapper Karol Conká, 35, segundo divulgado pelo colunista Chico Barney, do UOL. Equipes da plataforma acompanham a cantora desde a sua saída do Big Brother Brasil, e a ideia seria mostrar a ascensão e a queda da artista, que foi eliminada do BBB 21 com recorde de rejeição: 99,17% dos votos.


Procurado, o Globoplay não se manifestou até a conclusão deste texto. No domingo, Karol Conká participou de dois programas na Globo: Domingão do Faustão e Fantástico. A prática é incomum na emissora -Nego Di, por exemplo, que também saiu com forte rejeição do reality, não foi chamado para participar das atrações.

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Nos dois programas, a rapper voltou a pedir desculpas pelo seu comportamento no BBB 21. No Faustão, ela sinalizou ter se arrependido da decisão de entrar no reality. "Eu ainda não sei o que eu fui fazer lá dentro, o que eu fiz da minha vida. Tive uma crise de ansiedade, um distúrbio, dá para perceber, estava bem diferente do que eu já apresentava aqui fora, as pessoas que trabalham comigo também não me reconheceram", disse.

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Em entrevista ao Fantástico, ela se emocionou e relembrou de momentos da infância, quando se sentia rejeitada na escola. "Teve um momento marcante de uma professora falar: 'Você não conseguiu resolver essa equação, porque você é preta e nasceu para limpar privada."

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Ela prosseguiu: "Um menino no colégio falou: 'mergulhe numa piscina de água sanitária para falar comigo.' Eu fiquei pensando: mas por quê? Aí eu vi que era porque dissolvia a cor. Aí eu molhei o dedo e fiquei passando no braço para ver se dava algum efeito." Karol Conká também disse que acreditava em Papai Noel e pedia para ser branca para não sofrer.


Questionada pela repórter Ana Carolina Raimundi sobre como ela via a relação entre a sua postura no reality, de atacar Lucas Penteado e outros participantes, e o seu passado, a rapper afirmou que foi péssima. "Ali é um estouro que me dá, falo coisas, entro na mente da pessoa para deixar ela triste, ela mal. Isso é um tipo de abuso psicológico também", disse.

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Ela também foi indagada sobre, após ter saído do BBB 21, sempre manter as emoções controladas, mesmo após a forte rejeição. Karol Conká disse que criou essa blindagem por volta dos 13 anos, quando o seu pai morreu. "Estou achando péssimo estar chorando agora, já vou cessar ela. Não pode cair [a lágrima]", afirmou a cantora.


"Tenho que estar sempre forte. Acho que porque eu vi a minha mãe fazendo muito tempo isso ou porque a fraqueza está ligada à vulnerabilidade, mas não consigo me sentir forte vendo o que fiz na casa. Depois que a gente sai e vê as imagens, elas são muito perturbadoras", completou.

Sobre a sua carreira, que sofreu abalos por conta do BBB -festivais de música cancelaram a participação dela- Karol Conká afirmou que não imaginou que sua trajetória artística pudesse acabar por causa do reality. "Quantas pessoas não passaram por essa onda de cancelamento, e as carreiras não foram canceladas. Agora acabou o jogo, vamos parar por aqui, deixa ela viver a vida dela. Não ameacei ninguém de morte", concluiu.


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