Aguinaldo Silva, 78, causou polêmica no Twitter ao fazer uma publicação sobre a Coronavac. O autor de "Império", atualmente em reprise na Globo, disse que está tendo dificuldades para circular pela Europa mesmo com o certificado de vacinação contra a Covid-19.
Silva está na França, onde tem publicado fotos em diversos pontos turísticos. "Tanto sacrifício na fila para tomar a vacina chinesa e, quando chego aqui na Europa e mostro o certificado de vacinação, me dizem a mesma coisa em toda parte: 'Essa dai aqui não vale!', afirmou.
A publicação dividiu os seguidores. Uma parte gostou de ter a informação, pois disse que isso não estava sendo divulgado. Outros, porém, afirmaram que o autor poderia estar prestando um desserviço.
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"A vacina é um imunizante, não é um passaporte", disse um internauta. "A Coronavac foi a vacina que esteve disponível para o nosso provo e garantiu a vida de muita gente já. Não dá para ser esnobe diante de um assunto tão delicado."
Vale lembrar que, até o momento, viajantes que saem do Brasil continuam não sendo aceitos na maioria dos principais destinos turísticos da Europa, mesmo que estejam completamente vacinados. Isso vale para países como Itália, Portugal, Reino Unido, Alemanha e França.
A recomendação do Conselho Europeu (que reúne os governos dos 27 membros da União Europeia) é de não aceitar viajantes vindo de países com mais de 75 novos casos de Covid-19 por 100 mil habitantes em 14 dias (no Brasil, o número mais recente computado pelo centro de controle de doenças europeu é 443/100 mil, em alta).
Porém, os Estados-membros continuam responsáveis por decidir as regras de entrada de cidadãos de fora da UE, tanto para manter proibições quanto para levantar restrições. As determinações em vigor podem ser consultadas no site reopen.europa.eu, da União Europeia.
Os países do bloco também podem retirar a necessidade de testes e quarentenas para viajantes de qualquer país que tenha recebido as doses recomendadas de uma vacina autorizada pela agência regulatória europeia (EMA) -AstraZeneca, Pfizer, Moderna e Janssen- ou pela OMS -além dessas quatro, Coronavac e Sinopharm.