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Na Rede Globo

Nova novela das Nove trata da segunda chance na vida

Agência Estado
14 mai 2018 às 09:41
- Reprodução
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Nova novela das 9 de João Emanuel Carneiro, Segundo Sol estreia nesta segunda, 14, na Globo, com Giovanna Antonelli e Emilio Dantas como o casal protagonista, no lugar de O Outro Lado do Paraíso. Mas, antes mesmo de ir ao ar, Segundo Sol se tornou alvo de críticas. Isso porque a história se passa na Bahia, Estado com o maior porcentual de população negra do País, e o elenco da novela é predominantemente branco. Na sexta, o Ministério Público do Trabalho (MPT), por meio da Coordenadoria Nacional de Promoção de Igualdade de Oportunidade e Eliminação da Discriminação no Trabalho, enviou à Rede Globo uma notificação recomendando à emissora a devida representação racial na novela. Segundo o MPT, o descumprimento pode resultar em ação.

Sobre as críticas e a recomendação do MPT, a Comunicação da Globo afirma que a emissora respeita a diversidade e repudia qualquer tipo de preconceito e discriminação, inclusive o racial. "Estamos atentos, ouvindo e acompanhando esses comentários, seguros de que ainda temos muita história pela frente. De fato, ainda temos uma representatividade menor do que gostaríamos e vamos trabalhar para evoluir com essa questão", diz trecho da nota enviada pela emissora.

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Na época em que o jornal "O Estado de S. Paulo" entrevistou João Emanuel, um dos grandes autores da teledramaturgia brasileira - que fez história com A Favorita e Avenida Brasil -, o que se debatia era a ausência de atores baianos entre os protagonistas. "Tem muito ator baiano na novela", o autor garantiu.

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Segundo Sol significa segunda chance. Esse é o cerne da história idealizada e escrita por João Emanuel. A trama tem início em Salvador, nos anos 1990. Beto (Emilio Dantas), um dos filhos de Dodô (José de Abreu) e Naná (Arlete Salles), conquistou fama como cantor de axé, mas há anos amarga o ostracismo. A família está endividada, e Beto aceita fazer um show em Aracaju para ajudar. Só que ele perde o avião, que cai no mar. O rapaz é dado como morto. Há uma comoção nacional, e o irmão de Beto, Remy (Vladimir Brichta), e a namorada do cantor, Karola (Deborah Secco), querem tirar lucro disso e o convencem a não revelar que está vivo. Beto aceita manter a farsa e vai para a fictícia ilha de Boiporã, próximo a Salvador, onde conhece a marisqueira Luzia (Giovanna Antonelli), que cuida sozinha dos dois filhos pequenos. Para Luzia, ele se apresenta como Miguel.

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Os dois engatam um romance que simboliza um recomeço para ambos. No entanto, por causa de uma armação arquitetada por Karola e Laureta (Adriana Esteves), as duas grandes vilãs da novela, o casal é separado. O ex-marido de Luzia volta, é instigado pelas vilãs a acabar com Beto, e Luzia, para defender o amado, mata o ex sem querer. "Tem essa tragédia, ela é obrigada a fugir. Ela foge da cadeia, foge para a Islândia, fica lá durante 18 anos. Até que não aguenta mais de saudade dos filhos, e volta escondida, foragida da polícia, para tentar reencontrar os dois filhos que teve de abandonar", detalha João Emanuel. É a segunda chance que ela encontra para reconstruir sua família. "A história da novela é a saga dessa mulher para juntar esses pedacinhos do que já foi uma família, essa que é a ideia da novela, de ter uma nova chance de juntar os cacos dessa família."


Aliás, família é um tema que é a caro ao autor e está muito presente em sua obra. Filho único, ele conta que, depois que sua mãe e sua avó morreram, seus amigos se tornaram sua família. "Sou muito apaixonado por contar histórias de família, até porque vim de uma família pequena, e a ideia de famílias grandes sempre é algo que me fascina", diz João Emanuel.

Segundo Sol marca ainda a volta de Adriana Esteves a uma trama do autor. A atriz, que interpretou a inesquecível Carminha em Avenida Brasil, fará novamente uma vilã. Mas numa frequência diferente de sua Carminha. "Laureta é uma personagem amoral e livre, é uma libertina, inclusive. Ela não é a mulher de família, da moral e dos bons costumes (como Carminha), muito pelo contrário", diz o autor, que confessa que, para ele, foi difícil não ter a atriz em sua novela anterior, A Regra do Jogo, de 2015. "Ela também é protagonista. Uma atriz como a Adriana Esteves te alimenta no processo de uma novela, com elementos que ela traz, é tão vivo o que ela faz, tão orgânico, que tinha de ser uma coisa de via de mão dupla, no sentido de me inspirar também a continuar escrevendo uma novela tão longa." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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