Registrar e chamar a atenção para lugares conhecidos, porém esquecidos por grande parte da população é o objetivo da mostra "Ruínas da Memória", aberta nesta terça-feira (5), no Centro de Documentação e Pesquisa Histórica (CDPH), do Centro de Letras e Ciências Humanas (CCH) da UEL.
A mostra representa o olhar do professor André Joanilho, do Departamento de História, sobre ruas e monumentos da cidade. A mostra fica aberta ao público até 27 de julho, de segunda a sexta-feira, das 8 às 11h45 e das 13h30 às 17h30; à noite das 18h30 às 22 horas. A entrada é gratuita.
São 39 fotografias produzidas pelo próprio professor que mostram fachadas, muros, portas, janelas e detalhes de construções das décadas de 1950 e 1960. A proposta é provocar a discussão sobre o uso da cidade. "Passamos pelas ruas e não reparamos", justifica. Da mesma forma, muitos monumentos desaparecem, sem serem notados, ou ainda sofrem adaptações, ganhando novos contornos e funções.
Leia mais:
Valor de obra de Tarsila do Amaral que teve autoria questionada quase triplica e vai a R$ 60 milhões
Turma da Mônica coloca Cascão na água por campanha pelo Rio Grande do Sul
Laboratório de Teatro em Grupo do Núcleo Ás de Paus de Londrina abre inscrições
STF abre mostra nesta terça sobre reconstrução após 8 de janeiro
Esta falta de valorização do espaço urbano, explica o professor, não é exclusividade do Brasil. Na Europa os monumentos conservados contam a história oficial. São prédios de igrejas, fábricas e prédios públicos. Pouco ou quase nada se conserva de construções civis utilizadas pelas camadas populares, como vilas de trabalhadores. "O que se mantém são sempre os chamados prédios do poder", define o professor.