Com 35 anos de experiência no trato com tubarões, o americano Jim Abernethy, 53, não tem medo de chegar perto de perigosas espécies de predadores marinhos. "Descobri que, se você os trata com respeito, eles ganham confiança e se aproximam", disse Abernethy, autor de fotos que retratam os tubarões a uma proximidade impressionante. "Criei um laço de confiança com eles."
Algumas das fotos estão no livro Sharks – Up Close (Tubarões – De perto), feito por Abernethy e vendido em seu site (www.scuba-adventures.com). No livro, o autor expressa seu "amor por essas criaturas incompreendidas".
"Dedico minha vida a eles. Passo 320 dias por ano no meu barco, fazendo expedições em alto-mar.
Leia mais:
Valor de obra de Tarsila do Amaral que teve autoria questionada quase triplica e vai a R$ 60 milhões
Turma da Mônica coloca Cascão na água por campanha pelo Rio Grande do Sul
Laboratório de Teatro em Grupo do Núcleo Ás de Paus de Londrina abre inscrições
STF abre mostra nesta terça sobre reconstrução após 8 de janeiro
Removo anzóis e parasitas de seus corpos. Eles ficam confortáveis na minha presença", relatou à BBC Brasil por telefone. "Com 15 deles, tenho uma relação similar à que as pessoas têm com seus cachorros."
Abernethy tem uma empresa que oferece passeios de mergulho na Flórida e aluga seu barco para que fotógrafos e documentaristas produzam imagens da vida marinha. Ele também diz trabalhar em conjunto com grupos conservacionistas para combater a caça predatória dos tubarões.
Em janeiro, pela primeira vez, ele foi atacado por um dos predadores. "Um tubarão me confundiu com um peixe e me mordeu no braço", contou. Mas isso não o desestimulou a proteger os animais.
"Estou bem e vou me recuperar. Enquanto isso, milhares de tubarões não têm a mesma sorte e morrem diariamente de forma cruel, desmembrados enquanto ainda estão vivos."