O artista plático britânico Nick Gentry descobriu um novo uso para antigos objetos para armazenamento de dados, como disquetes, fitas de vídeo e fitas cassetes.
Em suas telas, Gentry usa esses objetos para construir faces imaginárias e identidades que podem ter ligação com informações pessoais armazenadas nos disquetes.
"Como criança que cresceu nos anos 80 e 90, esta combinação (de artefatos para o armazenamento de dados) desempenhou um grande papel no que eu aprendi sobre o mundo", diz Gentry.
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"Filmes favoritos, álbuns, jogos e até gravações pessoais - todos eram armazenados neles. O mundo inteiro dependia totalmente destes formatos físicos de mídia."
"Agora, de repente, nós passamos por um momento em que eles são obsoletos, foram substituídos por inúmeros arquivos intangíveis de dados."
Ele disse que foi por acaso que descobriu que a peça de metal circular no verso dos disquetes funcionava bem como metáfora para o olho humano.
"Isto foi muito importante para mim, pois os olhos de uma pessoa podem revelar a identidade dela e seus sentimentos", afirmou.
Gentry disse esperar que seu trabalho possa "encorajar as pessoas a pensar de maneira mais criativa sobre os objetos que são considerados obsoletos ou inúteis".
Ele já participou de mostras em galerias britânicas e nos Estados Unidos.