Nada mais pop do que a afirmação ‘Yes, we can’, dita por um presidente norte-americano e que artistas plásticos brasileiros, como a londrinense Isabel Santta Cecília, estão levando a sério em uma marcha para conquistar as galerias de Nova York.
Isabel está entre os 12 artistas plásticos latinos convidados para a coletiva ‘The Latin American Art Exhibition’, de 8 a 28 de setembro, na Agora Gallery, no famoso bairro de Chelsea.
Às margens do Rio Hudson, o Chelsea era conhecido pelas ruas desertas, os galpões de depósitos e as oficinas de carros, mas se transformou no endereço dos que gostam de arte contemporânea, entre as ruas 13 e 29, no West Side.
Leia mais:
Valor de obra de Tarsila do Amaral que teve autoria questionada quase triplica e vai a R$ 60 milhões
Turma da Mônica coloca Cascão na água por campanha pelo Rio Grande do Sul
Laboratório de Teatro em Grupo do Núcleo Ás de Paus de Londrina abre inscrições
STF abre mostra nesta terça sobre reconstrução após 8 de janeiro
A Agora Gallery faz uma curadoria no mundo para encontrar artistas que atendam aos gostos e tendências do sofisticado mercado de New York, mantendo uma agenda de clientes que vão de colecionadores a executivos, políticos e diplomatas.
No melhor estilo Barak Obama, do ‘Sim, nós podemos’, Isabel enviou um e-mail à galeria mostrando algumas obras.
‘Eu tinha até esquecido. Então veio o convite para expor e ser representada pela galeria’, conta Isabel, que participará da abertura da exposição, o que a impedirá de acompanhar também a montagem de sua mostra na International Art Exhibition de Hannover, uma das 10 maiores cidades da Alemanha e que tem o Sprengel Museum, uma dos mais importantes instituições de arte moderna de toda a Europa. O marchand Eric Landmayer, que há 30 anos está no mercado de artes, irá representar a artista.
As obras de Isabel, que misturam várias técnicas, como aplicação de tecidos, são a cara pop de Nova York. ‘Acho que a minha obra se diferencia no mercado porque hoje não tem como ser muito diferente. Um artista sempre acaba influenciado por outro, porém, eu faço uma arte que chama a atenção por misturar colagens com pinturas’, diz. Também venho do artesanato e da confecção. Durante anos, eu tive uma fábrica de roupas, e essa linguagem de estamparia é muito forte no meu trabalho’, avalia Isabel que, no ano passado, participou da Artexpo de Nova York, um dos maiores eventos do gênero no mundo, reunindo artistas de vários estilos, entre pintores, escultores, fotógrafos, animadores e decoradores, um termômetro de arte que já mostrou o trabalho de Andy Warhol e do brasileiro Romero Britto.
‘Nozinho de Cortiça’, ‘O Que É Isso’ e ‘Borboletando’ são obras de Isabel que serão expostas na Agora Gallery. Com um jeitinho de Minas Gerais, terra da artista plástica radicada em Londrina, as obras tem tudo a ver com New York, a Capital do Mundo, que abraça tudo que é novidade.
Para Isabel, esse abraço significa conquistar um mercado tirânico e que deleta tudo o que não consegue atravessar sem ser notado pela 5ª Avenida ou os críticos do Chelsea.