A beleza dos mosaicos inquieta e encanta. Feitos com pequenos pedaços de vidro, cerâmica, pedra, conchas, pastilhas de vidro, os mosaícos conquistam pelas cores, formas e composição. Nas ruas de Londrina, o trabalho da escrivã aposentada da Polícia Civil, Rosane Fernandes Araújo, - @rosane.araujo.mosaico - é bastante admirado.
Flores, gatos, peixes, borboletas compõem seu portifolio. Há ainda gestantes, nutrizes e até os famigerados pombos são reverenciados pela artista que há 12 anos cria, produz e instala voluntariamente os trabalhos, sem causar qualquer dano às estruturas da cidade.
Pequenos, em vãos de postes e de modo sorrateiro, rompem o cinza e se fundem ao cotidiano na quietude. Aos transeuntes - caminhantes ou corredores - saltam aos olhos, como se quisessem se apresentar. E causam alegria. Há buquês de flores, costelas de Adão e pés de café. O vermelho, o amarelo e o verde, referências das cores de um semáforo estão em diferentes mosaicos da autora e permitem parar, ficar alerta e seguir mais feliz.
Nascida em Londrina, Araújo tem 72 anos e conta que a fama de artista vem desde à infância, quando uma folha de sulfite era transformada em sua tela e fazia das árvores painel de exposição. "Até quando morria um passarinho e as crianças iam enterrar, eu fazia um desenho para colocar por cima da terra", lembra.
O modo instintivo de se expressar era reconhecido pelos familiares e amigos. "Sou de 1952, então os pais não tinham muita noção de aptidões, mas não me censuravam e se divertiam com meu jeito de querer estar sempre desenhando e pintando", sorri. "Quando a acabava uma festa e a criançada ia embora, mesmo que eu ficasse sozinha, logo inventava algo para colorir", conta.
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