A banda londrinense Abacate Contemporâneo inaugura uma fase musical mais instrospectiva com o clipe de Transmutar-se, com lançamento programado para a sexta-feira (29). O clipe se passa em um hotel antigo de Londrina, o Franz Hotel, e a letra versa sobre a necessidade de mudanças quando um contexto problemático as exige.
Durante os anos de estrada, os músicos vieram construindo um repertório focado nos fenômenos coletivos. Sem abandonar o deboche provocativo, as letras denunciavam desde a desigualdade social até o alvoroço causado pela sexualidade alheia. Com a chegada de 2022, no entanto, o novo single irá tratar do subjetivo humano.
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O lançamento do clipe, no dia 29 de abril, pode ser acompanhado pelo YouTube, Facebook, pelo Instagram @abacate.contemporaneo e pelo site da banda. A nova faixa deve ser postada nas plataformas de streaming no dia 5 de maio.
Contemplado pelo Promic (Programa Municipal de Incentivo à Cultura) com uma bolsa para produção de material audiovisual, o grupo elegeu a canção como o carro-chefe dessa nova etapa. Os cinco integrantes não se apresentam presencialmente para o público desde o início da pandemia de Covid-19. O single, portanto, dará nome a um show renovado e repensado para a atual identidade estética.
O título da canção já sinaliza a temática que nela será tratada. Para o guitarrista e produtor executivo da banda, Binho Prado, a letra demarca a urgência de mudança diante do rastro de destruição que a Covid-19 e o atual governo federal deixaram. Trata-se de uma visitação pelo interior humano em busca de renovar aquele ‘eu’ obsoleto e ferido pelas mazelas dos nossos tempos. A abordagem do exterior social, vista anteriormente em canções como Do lado de lá, deu lugar ao interior individual.
Tal necessidade de transformação foi percebida também entre os integrantes. Privados do contato com a plateia, aguardavam ansiosos o retorno aos palcos para apresentarem novidades. “O que a gente está levando para a música é justamente essa necessidade de mudança musicalmente, no texto e no argumento. Então, também estamos colocando isso no arranjo da música pra ficar bem nítido para quem for ouvir e para nós também”, completa Prado.
A vocalista Raquel Palma escreveu a letra sem pretensão de transformá-la em música. Ela conta que a banda seguia em um ritmo intenso de show, mas teve de interromper a agenda por conta da pandemia. A pausa forçada serviu para a evolução pessoal dos músicos, que agora voltam dispostos a explorar novos caminhos artísticos. “Essa é uma nova fase. Totalmente nova. Estamos mais maduros e suscetíveis à mudanças. Ainda há inúmeras novidades por vir, que vão surpreender muito nosso público”, diz a cantora.
Convidada por Palma, a cineasta Celina Becker firma uma nova parceria com a banda. Foi responsável pela montagem e edição de Tá todo mundo vendo, o último lançamento, e volta como diretora do novo clipe. Para ela, as diferenças entre os projetos são nítidas, já que o deboche era o ponto chave desse anterior, mas agora ele é dispensável. O foco atual é o renascimento de si e, ciente disso, Becker toma como referência o Ouroboros, o símbolo que retrata uma serpente engolindo sua própria cauda e que pode representar eternidade e início de novos ciclos.
Lançamento do clipe de Transmutar-se:
Quando: 29 de abril
Onde: YouTube (youtube.com/abacatecontemporaneo), Facebook (facebook.com/abacatecontemporaneo), Instagram (@abacate.contemporaneo) e site (abacatecontemporaneo.com).
Direção geral: Celina Becker
Direção de arte: Louisa Savignon
Direção de fotografia: Anderson Craveiro
Veiculação da faixa nas plataformas de streaming: 5 de maio