A partir de 2025, o projeto de extensão Hortaliças Seguras do Campo à Mesa, desenvolvido no Departamento de Medicina Veterinária e Preventiva da UEL (Universidade Estadual de Londrina) passará a oferecer cursos gratuitos sobre Boas Práticas de Manipulação de Alimentos a empresas do setor de alimentação - bares, restaurantes, buffets, hospitais, clínicas e artesãos que trabalham no setor alimentício.
O curso tem quatro horas de duração, com certificação, e busca difundir conceitos de insegurança alimentar e conscientizar empreendedores sobre os riscos das DTHA (Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar). Contatos com a equipe podem ser feitos por meio do Instagram do projeto.
Segundo o Ministério da Saúde, a ocorrência de surtos de DTHA está relacionada às condições de saneamento e qualidade da água e práticas inadequadas de higiene pessoal. Dados oficiais disponibilizados pela Organização Mundial de Saúde apontam uma estimativa de que 600 milhões de pessoas – quase uma em cada dez no mundo – adoecem devido às DTHA, resultando em 420 mil mortes/ano.
RECOMENDAÇÕES
No Brasil, no período de 2007 a 2020, foram notificados, 662 surtos/ano de DTHA, com 156.691 doentes e 152 óbitos. Segundo a coordenadora do projeto Hortaliças Seguras, professora Fernanda Pinto Ferreira, as boas práticas precisam ser observadas desde a produção dos alimentos até o preparo, garantindo assim uma alimentação segura, livre de micro-organismos que podem causar as chamadas zoonoses.
Entre as recomendações a produtores rurais estão o uso de técnicas e tecnologias para ordenha de animais leiteiros, acompanhamento profissional para plantio de qualquer alimento e cuidado para a utilização de água na propriedade.
O projeto de extensão conta com uma equipe interdisciplinar reunindo estudantes dos cursos Medicina Veterinária, Agronomia, Ciências Biológicas, Ciências Sociais, Física, Zootecnia, Nutrição, Designe Gráfico, Comunicação Social, Química, entre outros.
A proposta é difundir conceitos básicos com foco na conscientização e mudança de comportamento. Entre as orientações estão técnicas de higienização para limpeza de vegetais de consumo cru, para evitar bactérias e parasitas.
Outros alimentos que comumente oferecem riscos são o leite não pasteurizado, embutidos e queijo sem selo de inspeção. “São alimentos que detectamos comumente uma contaminação alta”, orienta a professora.
Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA: