O governo de São Paulo estuda mudar o critério para definir a frequência máxima de alunos nas escolas em São Paulo durante a pandemia do coronavírus.
Segundo o secretário da Educação, Rossieli Soares, está em análise calcular o limite, atualmente em 35%, sobre a capacidade de atendimento da unidade e não sobre o número total de alunos.
Assim, por exemplo, em um colégio que tem 35 alunos, mas vaga para 100, todos poderiam ir presencialmente às aulas.
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Na sexta-feira (7), a Secretaria da Educação da gestão João Doria (PSDB) divulgou novo balanço sobre os casos de Covid nas escolas, que não eram tornados públicos desde março.
Diferentemente do que ocorreu na divulgação do boletim anterior, foram divulgados os números de casos prováveis, segundo Wanderson Oliveira, presidente da comissão médica que assessora a pasta. Segundo ele, a decisão se deve a inconsistências identificadas nos dados, possivelmente por erros de preenchimento nas escolas.
Por esse critério, o número de casos prováveis –aqueles com informação de exame PCR positivo– nas escolas do estado foi de 4.916 desde janeiro.
Houve ainda o registro de 39 óbitos. Segundo Oliveira, ainda está em investigação a relação entre eles e a frequência à escola. Indagado sobre quantos foram registrados em profissionais e quantos em alunos, ele disse que a informação seria divulgada só após essa análise.
A notificação de casos ao sistema de informações da Secretaria da Educação é obrigatória para as redes estaduais e particulares, e opcional para as municipais.
Procurada em mais de uma ocasião, a Secretaria da Educação da gestão Doria vinha ignorando pedidos de informação sobre a incidência da Covid em professores da rede estadual.
Indagado pela reportagem nesta sexta-feira (7), Oliveira afirmou que ela é de 1.229 por 100 mil, menor do que na população geral (3.312 por 100 mil) de São Paulo, de todas as idades, e maior do que entre alunos (27 por 100 mil) e servidores (712 por 100 mil).
Para o cálculo, levou-se em conta o número total de professores, alunos e servidores e não só o dos que foram presencialmente nas escolas.
No boletim anterior, a incidência entre as três categorias foi somada, chegando-se a um resultado de 41 por 100 mil habitantes, o que levou a Secretaria da Educação a divulgar que o dado era "33 vezes menor" do que o registrado na população geral.