Docentes de seis instituições públicas de ensino superior do Paraná vão paralisar as atividades nesta quinta-feira (1°) em razão da defasagem salarial, estimada em 39,5%. A suspensão das atividades por um dia foi votada e aprovada por professores da UEL (Universidade Estadual de Londrina), UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa), Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste), UENP (Universidade Estadual do Norte do Paraná) e Unespar (Universidade Estadual do Paraná). Apenas na UEM (Universidade Estadual de Maringá) a maioria dos professores votou em assembleia pela manutenção das atividades.
Secretário do Sindiprol/Aduel, que representa os docentes da UEL, Ronaldo Gaspar, aponta que, entre as reivindicações que motivaram a paralisação, estão as perdas salariais, que são de 39,5% ao longo dos últimos oito anos. A cobrança, segundo ele, é pelo pagamento imediato e integral da recomposição salarial e pela abertura de uma mesa de negociação para tratar das demandas salariais da categoria.
Ele detalha que, hoje, um docente que trabalha 40 horas semanais recebe um salário de R$ 3.607,51. Por outro lado, o piso pago aos professores da educação básica é de R$ 4.580,57 e o de um técnico de ensino superior da própria universidade é de R$ 7.801,94.
Leia mais:
Educação anuncia abertura de novo PSS com mais de mil vagas disponíveis no PR
Cientistas desenvolvem 1ª caneta de adrenalina brasileira para crises de alergia graves
Quase 5.000 estudantes foram eliminados no 1º dia do Enem; veja erros e relembre regras
Justiça manda CNU cancelar eliminação e corrigir provas de candidatos que não preencheram ficha de identificação
De acordo com Gaspar, outras assembleias serão agendadas nas próximas semanas. “Quanto à greve, se haverá ou não depende da postura do governo, que, até agora, tem sido marcada pela intransigência e pela permanente negação do direito à recomposição salarial. Se o governo cumprir com a sua obrigação trabalhista e legal, não haverá motivo algum para greve”, afirma.
Ao longo desta quinta-feira (1), será disponibilizado um carro de som, assim como os docentes vão fazer uma panfletagem e passeata pelo campus da UEL e pelo CCS (Centro de Ciências da Saúde), no HU (Hospital Universitário) de Londrina.
Única universidade a não aprovar a paralisação, a votação entre os docentes da UEM não foi unânime, aponta o presidente da Sesduem Thiago Ferraiol. CONTINUE LENDO NA FOLHA DE LONDRINA: