Com textos que abordam o tratamento da pandemia da covid-19 pelo governo federal, a polarização política que marcou o País nos últimos anos e a reforma da Igreja Católica, o padre Manuel Joaquim Rodrigues dos Santos, da Paróquia São João Batista, em Florestópolis (Região Metropolitana de Londrina), lança nesta quinta-feira (27) o livro “Sobrevivi escrevendo” (Engenho das Letras) em Londrina.
Colunista da FOLHA, o padre reuniu artigos - produzidos entre 2020 e 2023 - em que suas posições são claras na crítica ao negacionismo, aos ataques às instituições democráticas, ao armamentismo e à fome que assola grande parcela dos brasileiros.
Inclusive, o ato de escrever é tido como uma terapia para o padre, que afirma ter encontrado nas letras uma forma de enfrentar as adversidades dos quatro últimos anos.
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“A primeira [adversidade] relacionada à própria pandemia, afetou a todos e na vida do padre não foi fácil acolher as pessoas que perdiam seus entes queridos, por exemplo, sem poder ter velório, sem um funeral, e com todas as perguntas inerentes a uma pandemia, relacionadas à teologia”, afirma. Outro ponto de indignação são as mais de 700 mil mortes em decorrência da pandemia - muito em função do atraso na disponibilização da vacina contra a doença.
“No Brasil, proporcionalmente, morreu muito mais gente do que em outros países. Isso, para uma pessoa sensível, que está antenada com essas questões políticas, foi motivo de indignação”, ressalta o sacerdote, que vê a escrita como “uma forma de me defender desse absurdo, a demora da vacina e toda aquela novela que as pessoas conheceram”.
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