Vista como ferramenta de cidadania e de acesso a um dos direitos mais básicos, a educação de jovens e adultos (EJA) vem enfrentando uma série de desafios no estado. De acordo com um levantamento feito pela APP-Sindicato (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná), em 2019 a unidade da Federação contava com 125.881 estudantes matriculados na EJA; quatro anos depois, em 2023, o número teria caído para 31.743. Nesse cenário, em quatro anos, a queda foi de 75%, o que representa 94.138 alunos a menos.
Questionada pela FOLHA, a Seed (Secretaria de Estado da Educação) afirmou que, em 2019, o número de matrículas foi de cerca de 77 mil, mas que o indicador não reflete o número de estudantes pelo fato de que cada registro é referente ao número de matrículas em disciplinas. Um aluno poderia estar, portanto, matriculado em mais de uma disciplina ao mesmo tempo.
Com uma mudança na metodologia, que passou a contabilizar o número de estudantes, a informação da pasta é que 41.705 estudantes estão matriculados no segundo semestre deste ano. Apesar da divergência de dados, é notória a redução no número de estudantes.
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Secretária executiva educacional da APP-Sindicato, Margleyse dos Santos diz que “existe um descaso por parte do governo do Paraná em relação à educação de jovens e adultos”. Com o fechamento de unidades do CEEBJA (Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos), aponta, os estudantes são encaminhados para escolas regulares, o que afasta estudantes, já que não existe acolhimento específico para esse público.
O sindicato apurou também que, desde 2019, a oferta do EJA para quem quer concluir o ensino médio foi encerrada em 27 escolas, e houve redução da modalidade para o ensino fundamental em 54 unidades.
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