Desde outubro do ano passado, Célia Nascimento, funcionária da UniverCidade (Centro Universitário da Cidade), não recebe salários.
Após a UniverCidade ter sido descredenciada, devido a uma série de irregularidades, a moradora de Realengo, na zona oeste do Rio, vive um período de dificuldades. Segundo Célia, atualmente o único sustento da casa é o marido, que trabalha como cobrador de ônibus e ganha cerca de R$ 900 para sobreviver.
Além dos problemas com a situação financeira, a ex-funcionária ainda viu o filho perder a bolsa de estudos de análise de sistemas na UniverCidade, mas o filho não foi o único prejudicado, Célia também estudava na instituição.
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A inspetora sofre em saber que não terá condições de bancar a faculdade do filho e a sua. Ela estava cursando o último ano de pedagogia, e agora não sabe o que fará para obter o diploma.
Ela ainda revela que precisa receber salários atrasados, férias e décimo terceiro. Conta também que está difícil conseguir outro trabalho, enquanto não consegue um serviço, ela tem feito alguns bicos para ajudar o marido.
Sem esperança de receber
Simone Silva Costa, técnica de automação na Universidade Gama Filho, também vive o drama de não ter esperança de receber tão cedo.
A técnica cursava pós-graduação em fisioterapia na universidade Gama Filho, mas também foi prejudicada. Simone diz que sobrevive com ajuda do cunhado, que tem uma firma de locação de equipamentos de trabalho e paga a ela R$ 500 por mês.