O advogado Go Ogawa foi eleito vereador de Londrina em 1972 pelo partido Arena. Uma das atividades para o Legislativo, na época, era enviar requerimentos para pautas que fossem de interesse público. Pensando nisso, Ogawa encaminhou à reitoria da UEL (Universidade Estadual de Londrina) um requerimento solicitando a criação do curso de agronomia. Até então existiam somente os cursos de medicina, odontologia, filosofia, direito e contabilidade. Se estudantes da região quisessem cursar agronomia precisavam ir para Curitiba ou Piracicaba, no interior de São Paulo. Mesmo que Londrina já tenha sido considerada o polo do cultivo do café no Brasil e até hoje é conhecida pela agricultura forte. Nesta quinta-feira (7) a resolução de criação do curso completa 44 anos.
Hoje, aos 80 anos, Ogawa conta que foi motivado a enviar o requerimento ao perceber que a região de Londrina era composta por lotes, chácaras e propriedades rurais de pequeno porte, de responsabilidade da comunidade nipo-brasileira, que a época era muito forte. “Era o cinturão verde de Londrina e hoje a maior parte dos loteamentos periféricos é assentada nas antigas chácaras e sítios de japoneses”, relata.
Era de interesse dos moradores que seus filhos continuassem cuidando das terras da família, por isso os enviavam para outras cidades para cursar agronomia. Ogawa viu como oportunidade perfeita para solicitar a criação do curso na UEL. A resolução de criação do curso é o de n.º 410, de 07 de outubro de 1977. Poucos anos depois, em 1981 o Departamento de Agronomia estava consolidado dentro do campus universitário.
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“A Universidade de Londrina tem participação comunitária na formação muito grande. Assim como Londrina é a expressão de modernismo e crescimento, a universidade acompanhou essa maneira de pensar em todos os cursos.” afirmou Ogawa, orgulhoso do que fez há mais de 45 anos e com impactos positivos hoje.
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