O câncer de próstata é o segundo câncer mais frequente do homem, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma. No Brasil, em 2021, um homem morreu a cada 34 minutos em decorrência da doença, ou seja, morreram 42 homens por dia. Um a cada 8 homens terão em sua vida câncer de próstata.
As estatísticas alertam para a importância da prevenção. O movimento Novembro Azul teve início há quase 20 anos, com o objetivo de chamar a atenção para a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de próstata.
Rafael Maioli, médico urologista da Urolit e membro da Sociedade Brasileira de Urologia, explica que os exames para o rastreio do câncer de próstata devem ser realizados a partir dos 50 anos nos homens sem fatores de risco. Na presença de fatores de risco, a indicação é após os 45 anos.
“Os exames iniciais são a dosagem no sangue do PSA (antígeno prostático específico) e o exame do toque. Caso um deles esteja alterado, outros exames podem ser solicitados, inclusive a biópsia da próstata”, explica.
Os principais fatores de risco são idade – 75% dos diagnósticos são feitos entre 55 e 75 anos; histórico familiar (principalmente pai, irmão ou avô paterno); homens negros e outros, como tabagismo, sedentarismo e obesidade.
A prevenção da doença inclui praticar atividade física, ter uma alimentação saudável e evitar o tabagismo.
TABU
O exame de toque retal ainda é um tabu entre os homens. Estima-se que em torno de 20% dos homens ainda não querem fazer esse exame. “No entanto, esta incidência vem diminuindo, na medida em que aumenta o acesso às informações e devido ao maior incentivo dos familiares (principalmente esposa e filhos)”, esclarece o médico.
O urologista acrescenta que, assim como na maioria dos cânceres, quanto mais precoce é feito o diagnóstico, maior a taxa de cura. No estágio inicial, o índice é superior a 90%.
O tratamento é prescrito conforme o estágio em que é feito o diagnóstico da doença e a condição clínica do paciente.
“Quando o câncer está localizado somente na próstata, as principais modalidades terapêuticas são a cirurgia (laparoscópica ou robótica) e a radioterapia. Existem outras opções, como a braquiterapia e o HIFU (ultrassom focalizado de alta intensidade), assim como existe a possibilidade de não se fazer nenhum tratamento, conhecido como vigilância ativa. Neste caso, é feito um acompanhamento de perto com exames e, se houver sinais de evolução da doença, é proposta alguma modalidade terapêutica.”
Maioli acrescenta que, quando a doença atinge estágios mais avançados, pode se lançar mão de tratamentos como bloqueio hormonal, quimioterapia e imunoterapia.
REFERÊNCIA
Rafael Maioli destaca que Londrina é um centro de referência para o tratamento do câncer de próstata e conta com excelentes urologistas e oncologistas. “Além disso, conta com o que há de melhor e mais moderno para o tratamento cirúrgico do câncer de próstata, a plataforma robótica.”
O câncer de próstata não causa sintomas em suas fases iniciais. Isso somente acontece quando a doença já está avançada, ou seja, quando já saiu da próstata e não é mais curável.
“Portanto, se você é homem (tem um pai ou marido) com mais de 50 anos de idade e não apresenta nenhum sintoma, pode ser que você esteja com um câncer de próstata”, conclui. Faça exames. Consulte com seu urologista uma vez ao ano.