Você já ouviu falar sobre relacionamentos sugar (namoro de açucar em inglês)? Diferente de outras formas de relações românticas, esta forma de interação possui uma proposta um pouco diferente na dinâmica dos casais: uma das pessoas - geralmente mais velha e com maior poder econômico, o Sugar Daddy (papai do açúcar em livre tradução) - propõe dar mimos, ajudar com despesas, mesadas e viagens para a outra parte, chamada de Sugar Baby (namorada(o) do açucar), que em troca oferece companhia, afeto entre outros favores.*
Porém, apesar de sua recente popularização, o termo "sugar daddy" não é novo. Segundo o software de Inteligência Artificial Ginger, especialista em gramática e linguagem da lingua inglesa (gingersoftware.com), a palavra açucar é usada como gíria por falantes de língua inglesa como sinônimo de dinheiro e luxo desde o século XIX, O termo, papai do açucar (sugar daddy), então, significa o papai do dinheiro e teria surgido de um apelido carinhoso dado pela jovem estadunidense Alma Charlotte Corday Le Normand de Bretteville ao seu marido Adolph Spreckels, herdeiro da fortuna açucareira dos Spreckel, que tinha 24 anos a mais que ela. Quando Spreckels e Bretteville começaram o relacionamento, em 1908, ele estava com 51 anos e Alma, 27.
A popularização do apelido, no entanto, aconteceria 15 anos depois, quando o periódico The Evening Post (Salisbury, Carolina do Norte, EUA) usou 'Heavy Sugar Daddy' (pai açucarado para se referir a uma personagem no caso do assassinato da atriz e modelo Dorothy Keenan King, em 1923.
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Dot foi encontrada morta no seu luxuoso apartamento em Nova Iorque e até os dias de hoje seu caso não foi resolvido. Mas a identidade de seu sugar daddy “Sr. Marshall” foi confirmada como sendo John Kearsley Mitchell, genro de E. T. Stotesbury, multimilionário da Filadélfia.
A história de como o assassinato de Dot popularizou sugar daddy é contada no artigo "How a murder popularised 'Sugar Daddy' in 1923", publicado no site Word Histories, no qual, seus autores compilaram fotografias de jornais da época com os primeiros usos da palavra.
Desde então, o termo já se fez presente em diversas situações, inclusive, algumas polêmicas, a mais famosa, talvez, seja a criação do boneco Ken Sugar Daddy, em 2009, como campanha de marketing da Mattel para comemorar o 50° aniversário da boneca Barbie. O Ken, em uma versão mais velha, vinha com um boneco de um cachorrinho chamado Sugar.
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