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Avanço discreto

Mulheres são apenas 6% em cargos de CEO no mundo, aponta pesquisa

Vitória Macedo - Folhapress
17 jul 2024 às 17:07

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- Energepiccom/Pexels
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As mulheres ocupam menos de um quarto dos assentos de conselhos administrativos em empresas de todo o mundo -em 2023 elas eram 23,3%. Quando se fala de cargo de CEOs, o número é ainda menor: são apenas 6%.

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Os números representam um avanço discreto em relação a 2021: as conselheiras aumentaram 3,6% e as CEOs, 1%. É o que diz a pesquisa "Mulheres no conselho: uma perspectiva global", da Deloitte, empresa e auditoria, consultoria e gestão de riscos, referente ao ano de 2023.

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Em um recorte geográfico, o Brasil também apresenta avanços, ainda que pequenos. Das 160 empresas analisadas pela Deloitte, há 170 mulheres em conselhos administrativos. O número de mulheres em conselhos no país cresceu de 10% para 16% de 2021 para 2023. Além disso, houve aumento de 30% na porcentagem de mulheres CFOs (chefes de setores financeiros).


O crescimento em relação a CEOs, porém, foi mais tímido. O número foi de 1,2% em 2021 para 2,4% em 2023.

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Para Viviane Elias, conselheira, C-level em startup e professora de ESG, o avanço surge de posicionamentos enfáticos de empresas e programas afirmativos, dos quais ela já participou, mas afirma que há muito o que ser feito ainda. "É muito significativo esse avanço, mas também muito pífio e muito aquém da diversidade que a gente precisa."


Os números, que demonstram um avanço lento, podem ser ainda menores quando se fala em mulheres negras. "Se a gente trabalhar com interseccionalidade dos pilares de diversidade e inclusão, a gente vai ver que esse avanço de 3% pode ser celebrado por mulheres brancas acima dos 50 anos que também fazem parte de uma bolha", diz.

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A pesquisa aponta que, se o avanço continuar nesse ritmo, a paridade de gênero em conselhos não será alcançada antes de 2038. Se tratados de CEOs, a equidade parece ainda mais distante, não sendo alcançada até 2111, quase 90 anos a partir deste ano.


Os conselhos precisam "sair da bolha" e repensar estratégias de recrutamento, segundo Elias. "A gente tem uma massa de mulheres extremamente capacitadas, extremamente aptas, com especializações do Brasil e no exterior, a sentarem em um conselho, mas elas não são chamadas para participar desse processo seletivo", afirma.

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Ao mesmo tempo, ela diz que as empresas não podem cair em uma zona de conforto e ter diversidade por aparência. "Hoje é o modo mais operante e comum que a gente tem quando fala sobre oportunidades para pessoas diversas. Nós estamos celebrando conquistas que são da margem e não conquistas do centro." Ela dá o exemplo de quando há, por exemplo, apenas uma mulher negra presidente na empresa.


Entre os países que têm a maior porcentagem de mulheres em conselhos de administração no estudo possuem algum tipo de legislação de cotas obrigatória de gênero. Foram eles Bélgica, Holanda, França, Noruega e Itália.

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Para Elias, uma das formas de fazer esses números avançarem é ter diversidade em todos os processos seletivos ligados a cadeiras de alta liderança e conselho. "É uma equiparação de diversidade, então se eu tenho uma válvula e vou analisar seis currículos, dois homens, duas mulheres, duas pessoas negras, de modo geral", diz.


Juliana Oliveira, CEO da Oliver Press, afirma que o acesso é uma das grandes barreiras de mulheres não ocuparem cadeiras de liderança. E para chegar lá, é preciso se provar ainda mais. "Geralmente, a mulher está muito atrelada a um processo de carreira mais longo para chegar ao topo da cadeia", diz.

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Oliveira é CEO em uma das áreas que mais possuem mulheres nessa posição, como mostra a pesquisa -a Oliver Press é uma agência de Relações Públicas com foco em tecnologia, inovação e empreendedorismo. Além da área de tecnologia, mídia e telecomunicação, também estão na lista ciências e cuidados de saúde, negócios de consumo, fabricação e serviços de finanças.


Tanto para Elias quanto para Oliveira, o crucial diante desse cenário é ter intencionalidade e ser propositivos na hora das contratações.


"A gente vê avanços, o que é muito bom. Mas a gente vê ainda que precisa melhorar em diversidade, especialmente a racial entre as mulheres", diz Oliveira. "As empresas estão entendendo que lideranças diversas mostram o quanto a empresa só tem a ganhar."


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