A carência é um sentimento comum em praticamente todas as pessoas e os indivíduos agir guiados por ela em qualquer momento de suas vidas.
Segundo a psicóloga Amanda Fitas, essa necessidade emocional tem diversos níveis. Todas as pessoas carregam esse sentimento dentro de si, já que estão nesse mundo para preencher um sentido de vida.
"Ao longo dos anos, construímos um caminho, e a carência está em alguns desses momentos, de maneira mais leve, é natural, assim como a insegurança. Você é humano, sente medo e também insegurança”, explica.
Duas coisas que os seres humanos mais precisam: aliviar suas dores e sentir prazer. Por isso, as pessoas estão sempre em constantes buscas por maneiras de encontrar nos outros uma forma de aliviar esses sentimentos.
"A roda da carência prende de uma tal forma que começamos a criar algumas ilusões, começamos a ver uma pessoa e fazer algum tipo de plano com ela, começamos a imaginar como seria perfeito a vida com ela, nos prendemos em um círculo de ilusão que nos traz um bem-estar”, afirma a psicóloga.
Normalmente, a carência é aquela sensação na qual qualquer pessoa que aparecer, se torna interessante. Amanda deixa claro que, nessas situações, a pessoa só deseja ser preenchida por outra, seja ela boa ou não, seja uma relação de longo ou curto prazo. É como se não houvesse um filtro, um critério.
A especialista em relacionamentos conta que a pessoa carente procura alguém que traga o amor, afeto, prazer e também a sensação de que ela é boa o suficiente. "De certa forma, ela acaba entrando em desespero pela busca desse outro alguém, que a complete e que traga sentido. Há uma falta de reconhecer o próprio valor”.
E como sair dessa roda da carência? Criando seu próprio sentido.
Para criar esse sentido você terá que olhar, encarar a sua realidade dolorida, é preciso construir um sentido para vida que dependa das suas ações. "Saia dessa roda da carência, pois nela quem está produzindo seu sentido são esses personagens e situações criadas através das suas ilusões”.
Você precisará atravessar muitas camadas, ter autorresponsabilidade, assumir o controle da sua vida, não culpar as pessoas, encarar suas dores, seus pontos a serem melhorados e criar uma realidade na qual veja valor e se orgulhe.