Aconteceu no último sábado (9), na Vila Cultural Cemitério de Automóveis de Londrina, o "Sarau das Pretas – Luiza Mahin Vive". O evento foi organizado pelo Coletivo de Mulheres Negras Luiza Mahin e teve como objetivo apresentar ao público os trabalhos desenvolvidos nas oficinas realizadas no mês de fevereiro.
Essas oficinas aconteceram em várias regiões de Londrina, e consistiam em aulas de escrita criativa, desenho e outras formas de manifestações artísticas. O intuito do grupo por meio dessas ações é promover o debate sobre a questão étnico-racial e difundir a cultura afro-brasileira em Londrina.
Fiama Heloisa, uma das integrantes do coletivo, compartilhou sua experiência ao trabalhar a beleza negra com crianças. "Falamos sobre as mulheres negras, mostramos e pedimos para eles desenharem. Muitas vezes essa mulher não vem com a pele negra, questionamos e fazemos eles refletirem a respeito, afim de que eles entendam que ser negra também é ser bonita", contou a ativista.
Leia mais:
Mulheres não são governadas por hormônios, mas menopausa afeta o cérebro, diz pesquisadora
Entenda as diferenças entre perimenopausa e menopausa
Uma em cada quatro pessoas no Brasil conhece vítimas de violência doméstica, diz Datafolha
Mulheres lésbicas relatam negligência de médicos em atendimentos ginecológicos
Michele Oliveira, educadora social, veio de Maringá para prestigiar o Sarau e relatou a importância de estar presente. "Eu acho que a troca de experiências é fundamental, saber o que as outras pessoas pensam, o que elas têm a dizer, nos agrega demais". Alice Zundt, professora de arte, também elogia a iniciativa do Coletivo. "É fundamental ter espaços como esse, precisamos disso, a cidade precisa ter contato com a cultura negra", opinou.
Com entrada franca, o Sarau contou com exposição de quadros, música ao vivo pelo DJ Jô Moreno e pelo grupo Fugitivos da Cuíca, venda de livros, comidas e bebidas.
*Sob supervisão de Larissa Ayumi Sato.