Londrinenses vítimas de violência doméstica que estão sob medida protetiva podem, a partir desta terça-feira (7), acionar a Patrulha Maria da Penha. O serviço foi lançado nesta segunda-feira pelo prefeito Alexandre Kireeff.
Londrina é a segunda cidade do Paraná a ter um instrumento de segurança específico para a proteção de mulheres. De acordo com o presidente do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), Paulo Roberto Vasconcelos, a implantação da Patrulha Maria da Penha no município irá assegurar atendimento qualificado às mulheres vítimas de violência. "Este projeto já está colhendo resultados expressivos em Curitiba, onde a patrulha vem realizando uma grande quantidade de visitas e encaminhamentos, além de fazer o acompanhamento das medidas protetivas em prol dessas vítimas", disse.
Para a secretária de Políticas para as Mulheres, Sônia Medeiros, a oficialização da patrulha é uma conquista para o poder público municipal e para todos os órgãos e lideranças comunitárias envolvidos diretamente na luta pelos direitos das mulheres que sofrem diversos tipos de violência.
Em Londrina, atualmente existem 2.115 mulheres com medidas protetivas expedidas pela justiça. "A patrulha vai garantir mais segurança a essas vítimas. Antes, mesmo com as medidas judiciais, muitas mulheres ainda sentiam-se inseguras. Agora, elas poderão acionar a patrulha, que irá fiscalizar o cumprimento dessas medidas de urgência para garantir o afastamento dos agressores", afirmou a juíza da Vara Maria da Penha de Londrina, Zilda Romero.
Certificados e viaturas
Na cerimônia, foram entregues os certificados do curso de capacitação, realizado em maio, para os 20 guardas municipais e 40 policiais do 5º Batalhão da Polícia Militar do Paraná que irão trabalhar na patrulha. Além disso, também foram apresentadas as duas novas viaturas que a Guarda Municipal (GM) irá utilizar durante o patrulhamento, que funcionará durante 24 horas, em esquema de revezamento de duplas, com jornadas de 12 horas para cada.
A Patrulha Maria da Penha é um projeto idealizado de forma conjunta pelas secretarias municipais de Políticas para as Mulheres e de Defesa Social, com a 16ª Vara de Execução Penal Maria da Penha e o Ministério Público do Paraná, com o apoio da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara Municipal de Londrina.s.