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Variedade de parceiros aumenta riscos da Doença do Beijo

10 abr 2013 às 22:04

Que beijar é bom demais ninguém duvida. Mas como tudo na vida, o ato de beijar também pede alguns cuidados, como saber quem você está beijando e não exagerar no número de parceiros. Isso porque quanto mais gente diferente você beija, maiores são os riscos de contrair possíveis enfermidades transmitidas pela troca de saliva. Uma das mais comuns é a Mononucleose Infecciosa (MI), mais conhecida como a "Doença do Beijo".

Esta doença acomete, principalmente, jovens entre 15 e 25 anos. Segundo Arnaldo Braga Tamiso, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, a doença é causada por um vírus chamado Epstein-Barr (EBV), do grupo Herpes1, que é transmitido pela saliva e pelo contato com objetos contaminados.


Os sintomas frequentes e progressivos são a dor de garganta, febre, calafrio, inchaço dos glânglios (ínguas), fadiga, mal-estar e sudorese. A doença do beijo (mononucleose) pode começar abrupta ou gradualmente no decorrer dos dias, variando quanto à severidade. "Vale ressaltar que é algo sério, pois pode comprometer o sistema linforreticular, em especial o fígado e baço, além disso, esse vírus pode desencadear alguns tipos de câncer como linfomas", explica o especialista.


Para ser diagnosticado é necessário realizar um exame clínico do paciente, juntamente com exames laboratoriais que podem auxiliar no diagnóstico, já que os sintomas podem ser facilmente confundidos com outras doenças. Segundo Arnaldo, "o exame laboratorial é feito através da detecção do anticorpo contra o vírus EBV".

O tratamento consiste em medicações sintomáticas, hidratação e bastante repouso. Quando há um comprometimento hepático grave, deve-se tratar como se fosse uma hepatite viral aguda. A principal orientação de Arnaldo é procurar um otorrinolaringologista ao menor sinal da doença. Somente um profissional pode detectar o real problema e a melhor forma de tratá-lo.


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