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Orientação

Vai para a praia? Cuidado com a presença de águas-vivas

Redação Bonde
02 jan 2012 às 08:48
- Reprodução
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Um grande número de pessoas escolhe o litoral para passar as férias com a família. Mas além dos cuidados com a pele, usando protetor solar, guardassol e chapéu, é preciso também ficar alerta com as águas-vivas, caravelas e animais similares que podem causar queimaduras na pele.

A incidência de casos aumenta no verão por causa da grande quantidade de banhistas e o risco existe porque esses animais acabam ficando presos na areia por conta de seus filamentos. Dessa forma, ao ter contato com estes animais, é fundamental fazer o tratamento de maneira adequada.

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Após ter contato com uma água-viva, jogar areia em cima é achar que vai ficar tudo bem?

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Para saber qual o tratamento correto é muito importante saber distinguir entre o ferimento provocado por uma caravela (que apresenta um balão arroxeado e causa dor imediata, ou seja, tocou, doeu) e da água-viva (bem transparente, deixando linhas vermelhas na pele e que são também extremamente dolorosas).

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A orientação nestes casos é que a vítima evite esfregar as mãos ou as unhas, ou mesmo tecidos e areia no ferimento, para não estourar as cápsulas do veneno do animal. O ideal é passar apenas vinagre (ácido acético), que é capaz de neutralizar o efeito do veneno. Nunca se deve colocar água doce no local atingido, pois isso poderá agravar o problema.


"A pessoa que sofrer uma queimadura por água-viva deve lavar o ferimento com água do mar e procurar imediatamente os guarda-vidas, que estão preparados para fazer o primeiro atendimento, com a aplicação de vinagre, para neutralizar a dor", orienta a médica Lenora Rodrigo. "Em seguida o paciente deve procurar atendimento médico no serviço de saúde do Litoral." Segundo ela, algumas pessoas mais sensíveis podem sofrer complicações mais sérias, dependendo do local e do tamanho da área do corpo atingida.

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Dor intensa


A ação do veneno de alguns animais pode provocar dor intensa por até 24 horas e ferimentos graves na pele sendo que, em casos de queimaduras severas, é necessário passar até por cirurgia.

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As queimaduras provocadas pelas águas-vivas podem ocasionar outras doenças se não tratadas corretamente. "Em casos de queimadura extensa com grande liberação de veneno, pode ocorrer queimadura de grau avançado e sua consequência pode provocar até choque neurogênico com risco de vida. Uma queimadura mais profunda pode evoluir para uma celulite que, se não tratada corretamente, implica em doenças graves", explica o cirurgião plástico Eduardo Braga.


Quanto à duração da dor, depende muito da extensão e do tipo de animal, mas a dor mais forte dura de 24 a 48 horas e pode permanecer por dias de acordo com o grau de queimadura.

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Dicas básicas


Um dos principais conselhos para os banhistas é jamais tocar em qualquer animal que a maré traga para a praia, especialmente as águas-vivas, caravelas, ouriços-do-mar e pequenos peixes que podem apresentar ferrões venenosos. As pessoas também devem estar atentas com a hidratação: uma queimadura mais profunda pode levar à desidratação que é um quadro mais grave.

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Atendimento no Paraná


A Superintendência de Vigilância em Saúde publicou uma Nota Técnica com informações sobre a biologia das águas-vivas e caravelas, o protocolo de atendimento aos acidentados e as normas e fluxos de notificação. O texto foi distribuído para todas as secretarias municipais e serviços de saúde do Litoral.

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"Todos os guarda-vidas estão sendo orientados para o atendimento aos casos de queimadura por água-viva. Por isso, o melhor a fazer ao sentir a sensação de urticária provocada pelo contato com a água-viva é procurar um guarda-vida. Se o caso for mais grave, a pessoa será levada a um serviço de atendimento em saúde para receber os cuidados adequados", explica o tenente-coronel Edemilson de Barros, comandante do Corpo de Bombeiros no Litoral.


Ele sugere que, antes de entrar na água, os banhistas consultem um guarda-vida sobre a ocorrência de águas-vivas na região.


Os animais


As águas-vivas são animais de estrutura radial, a maioria com tentáculos, podendo apresentar-se em formas fixas (hidras ou pólipos) ou móveis (medusas). Podem aparecer em grande quantidade nas praias de mar aberto ou mesmo no interior das baías.


São representadas por várias espécies ao longo do litoral do Brasil. Poucas, no entanto, estão implicadas em acidentes com humanos. Podem nadar livremente, embora dependam em grande parte das correntes, ventos e marés para se locomover.


Ao observar a ocorrência de águas-vivas na praia, deve-se evitar entrar no mar ou mesmo tocá-las quando aparentemente mortas na areia.


O contato com a água-viva causa dor imediata, de forte intensidade, com sensação de ardência. Pessoas mais sensíveis ou alérgicas podem ter reações mais intensas, como náuseas, vômitos ou dificuldade para respirar.

O acidentado deve sair da água e buscar atendimento médico, para o tratamento da dor e das complicações.


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