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Um a cada dez casais brasileiros são inférteis

Redação Bonde
31 out 2012 às 08:49
- Reprodução
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Quando o assunto é ter filhos, nem todos os casais conseguem concretizar o sonho de gerar seus próprios bebês. Isso acontece porque a infertilidade permanente ou temporária é mais comum do que muitos candidatos a pais imaginam. Para muitas mulheres gerar uma criança é a realização da natureza feminina e contribui para a união do casal. Quando a realização desse sonho parece distante, lidar com a frustração e com a realidade de uma possível infertilidade tende a ser um processo complexo.

Outro fator que influencia na realização tardia da maternidade é o papel da mulher na sociedade atual. A busca por estabilidade financeira e profissional são elementos que contribuem para que muitas mulheres adiem a maternidade, e só quando essas conquistas ocorrem é que cogitam aumentar a família. Com essa mudança de comportamento, elas optam pela maternidade após os 40 anos - idade em que a reserva de óvulos férteis diminui consideravelmente, dificultando a gestação espontânea.

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Segundo a Organização Mundial da Saúde no Brasil, um em cada 10 casais apresentam problemas de fertilidade. No mundo chega a 60 milhões o número de casais inférteis.

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A mulher que utiliza anticoncepcionais orais pode engravidar assim que o uso das pílulas for interrompido, já os anticoncepcionais injetáveis de aplicação mensal pode ter um efeito cumulativo no organismo. Em linhas gerais, se a gravidez não ocorrer naturalmente, sem o uso de métodos contraceptivos em um ano, o casal deve procurar ajuda profissional. O médico Mauro Bibancos, especialista em reprodução humana, explica: "É importante ressaltar que caso haja suspeita de problemas de fertilidade, o casal deve saber que infertilidade não significa incapacidade permanente de concepção. Com o auxílio profissional para investigar as causas que dificultam a gravidez, é possível partir para o tratamento adequado".


A constatação de problemas de fertilidade só é feita pelo especialista em reprodução humana, a partir de exames que ajudam a revelar as causas e traçar diagnósticos para cada disfunção. Segundo Mauro Bibancos muitos casais permanecem investigando a infertilidade apenas na mulher, mas ela ocorre em homens também. De acordo com o profissional, se a mulher tem relações sexuais regularmente, ovulações saudáveis e está tentando engravidar há mais de um ano sem sucesso, é indicado que ela procure um médico.

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De acordo com os dados da Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida, as taxas de gravidez por ciclo em tratamentos de maior complexidade giram em torno de 30% a 50%, variando conforme a faixa etária da mulher. Quanto mais próxima dos 40 anos estiver, mais urgente deve ser iniciado o tratamento de reprodução assistida, pois a fertilidade da mulher diminui após esta idade.


O especialista ressalta a importância do planejamento e preparação emocional para quem deseja seguir o tratamento, "As intervenções e seus dias de espera fazem parte de um processo necessário dentro do ciclo do tratamento, o que pode desgastar emocionalmente a paciente e cônjuge. Por isso é necessário uma integração dos pacientes em todo o processo, no intuito de preservar seu estado anímico (humor), o que possibilita enfrentar os resultados e tomar as decisões necessárias mantendo a condição emocional", orienta Bibancos.

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Alcançar um diagnóstico correto é essencial para a escolha da terapia apropriada, já que existem diversos procedimentos que podem ser utilizados para a fertilização. "A reprodução assistida consiste em todo o procedimento que envolve a intervenção de técnicas médicas e laboratoriais no processo de fecundação". Existem diversos tipos de tratamento que em sua maioria apresentam sucesso no sonho de ser mãe, e variam entre tratamentos de baixa e de alta complexidade. "São considerados tratamentos de baixa complexidade a indução da ovulação e a inseminação intrauterina. E de alta complexidade a fertilização in vitro e a injeção intracitoplasmática de espermatozoides" explica o profissional.


Fatores como a idade da mulher e a qualidade e quantidade de esperma produzido pelo homem, são pontos analisados quando o casal opta pelas terapias de reprodução assistida. "A intenção é promover um tratamento que se encaixe perfeitamente nas necessidades do casal e que tenha grandes chances de resultar em uma gestação.", indica o especialista. Para isso é necessário que os casais com problemas de fertilidade busquem centros de reprodução assistida que sejam respeitados no meio médico e que apresentem certificações perante as sociedades médicas.

Serviço:
Ferring Pharmaceuticals (www.ferring.com.br)


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